29 de setembro de 2016 - por Daniel Dias e Gabriel Dias
O sedã médio da Volkswagen, agora produzido no Brasil na versão equipada com motor 1.4 TSI, conquistou o público nacional na trajetória de uma década, desde sua estreia mundial, em Los Angeles.
O Jetta está completando 10 anos no mercado brasileiro. Com mais de 90 mil unidades vendidas no país desde sua chegada, em setembro de 2006, o sedã médio sempre foi referência em termos de inovação, tecnologia e esportividade entre os modelos do segmento. O Jetta foi apresentado mundialmente ao público em janeiro de 2005 no Salão de Los Angeles. O modelo era produzido pela em Puebla, no México. Com visual caracterizado pela predominância de elementos ovais, o Jetta media 4,55 metros de comprimento, 1,78 metro de largura, 1,46 metro de altura e 2,57 metros de distância entre-eixos. O porta-malas tinha capacidade para 527 litros. No Brasil, era oferecido em versão única de acabamento, equipada com motor 2.5 de cinco cilindros com 150 cavalos de potência, associado à transmissão automática de seis velocidades com função Tiptronic (uma exclusividade entre os seus concorrentes diretos). A aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 9,6 segundos e a velocidade máxima era de 205 km/h. Foi um sucesso absoluto junto ao cliente brasileiro.
O primeiro lote, composto por 400 unidades, importado para o Brasil foi vendido em apenas 10 dias. Em outubro de 2007, o Jetta ganhou mais potência e torque, passando a contar com 170 cavalos – os 20 cavalos adicionais graças a melhorias no coletor de admissão, gerando também uma reprogramação da ECU (central eletrônica de gerenciamento do motor). O torque passou de 23,27 kgfm (228 Nm) a 3.750 rpm para 24,5 kgfm (240 Nm) a 4.250 rpm, conferindo mais esportividade e prazer ao dirigir. Com esses ganhos, a aceleração de 0 a 100 km/h passou a ser feita em 8,9 segundos, com a velocidade máxima mantida, controlada eletronicamente. Com amplo conteúdo de equipamentos de série, o Jetta, além de ter um dos melhores desempenhos entre os sedãs médios, era o único de sua categoria a oferecer ar-condicionado eletrônico de duas zonas.
Nova geração No Salão de São Paulo de 2010, a VW mostrou uma nova geração do Jetta. Chegou ao mercado nacional em março de 2011 estabelecendo um novo patamar na categoria. O mercado reconheceu isso. As vendas do sedã dispararam no país, passando de 4 mil unidades em média para 15 mil por ano. A sexta geração do sedã trouxe grandes avanços tanto em conceito quanto no design. O brasileiro José Carlos Pavone, atualmente à frente da área de Design da VW do Brasil, foi o responsável pelo desenho daquele modelo. O Jetta havia crescido: o novo modelo media 4,64 metros de comprimento, 1,45 metro de altura e 1,78 metro de largura. Ou seja: nove centímetros mais longo do que a versão anterior. O porta-malas acomodava 510 litros. O aumento da distância entre-eixos possibilitava uma disposição do banco traseiro mais confortável. Em relação ao modelo anterior, o espaço para as pernas aumentou em 6,7 centímetros. Com design mais retilíneo, a novidade era oferecida em duas versões. A Highline, equipada com motor 2.0 TSI (turbo) com 200 cavalos e transmissão DSG de dupla embreagem e seis velocidades, era a opção mais potente da categoria.Com foco na relação custo-benefício, a versão Comfortline contava com motor 2.0 Total Flex com até 120 cavalos, associado à transmissão automática de seis velocidades ou mecânico de cinco.
Para a segurança dos ocupantes, o Jetta contava com seis airbags, apoios de cabeça e cintos de segurança com três pontos de fixação para todos as pessoas, farol com luz diurna (no caso de faróis bixenon), sinais de advertência em caso de acidente e alerta para afivelar o cinto de segurança. A geração era equipada com freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), BAS (sistema de assistência à frenagem) e controles eletrônicos de tração (ASR) e de estabilidade (ESC) Em 2011, o Euro NCAP e o Australian NCAP certificaram o Jetta com a nota máxima em segurança. O sedã da VW também foi nomeado como Top Safety Pick pela organização americana IIHS (Insurance Institute for Highway Safety). Em 2013, o modelo foi reconhecido com cinco estrelas pelo Latin NCAP, uma organização de defesa do consumidor da América Latina.
Melhoria contínua Em abril de 2014, a VW promoveu no Salão de Nova York a apresentação mundial da versão do Jetta para o mercado norte-americano, completamente redesenhada e com a engenharia atualizada. Com novos sistemas de assistência, o Jetta ficou ainda mais seguro. Em setembro daquele ano, o modelo vendido nos EUA, na equipada com o sistema de Alerta de Colisão Dianteira (Forward Collision Warning), foi classificado como Top Safety Pick+ pela organização americana IIHS (Insurance Institute for Highway Safety – Instituto das Seguradoras para Segurança Viária). Com engenharia avançada, o novo Jetta foi mostrado no Brasil no Salão de São Paulo de 2014, com visual renovado na dianteira e traseira, aprimorando seu desempenho aerodinâmico. A nova grade, atravessada por três frisos, passa a ser alinhada com os novos para-choques e faróis opcionais bixenon com luzes diurna de LED. O novo Jetta Highline é equipado com motor 2.0 TSI de 211 cavalos, mantendo a transmissão automática DSG com dupla embreagem e seis velocidades. Graças a esse conjunto, o sedã tem números de desempenho dignos de modelos esportivos, com aceleração de 0 a 100 km/h feita em 7,2 segundos e velocidade máxima de 241 km/h. Começou a chegar às concessionárias no Brasil em fevereiro de 2015, época em que o sedã já acumulava mais de 14 milhões de unidades comercializadas no mundo, desde 1979. Além do novo visual e de mais itens de tecnologia, o novo Jetta marcou a estreia da versão Trendline, de entrada, no país.
Conectado e com tecnologia TSI de série Em janeiro deste ano, a VW anunciou a chegada do Jetta equipado com motor 1.4 TSI de 150 cavalos, combinando à transmissão automática de seis com função Tiptronic. O motor 1.4L TSI, da família EA211, é um dos mais avançados da fabricante alemã no mundo, vindo para substituir o 2.0 aspirado (da família EA113), que equipava as versões Trendline e Comfortline. Com isso, todo o portfólio da linha Jetta passou a contar com motores com a tecnologia TSI. O Jetta passa a contar de série em todas as versões com itens como direção elétrica, controle de estabilidade e bloqueio eletrônico de diferencial. Outra novidade é a oferta da transmissão mecânica de seis velocidades para a Trendline. Os números provam na prática os benefícios do downsizing (redução da cilindrada, com excelente desempenho). O novo Jetta com o motor 1.4L TSI tem 150 cavalos na faixa de 5.000 rpm. O torque máximo é de 25,5 kgfm já disponíveis a 1.500 rpm. O motor é 30% menor em cilindrada, porém, com 25% a mais de potência e 38% a mais de torque em comparação ao 2.0 aspirado utilizado anteriormente. O propulsor 1.4L TSI pode ser combinado à transmissão manual de seis marchas ou à automática de seis velocidades com função Tiptronic (permite ao motorista efetuar as mudanças manualmente, por meio da alavanca de câmbio ou por aletas no volante). Independentemente da transmissão, o novo Jetta equipado com o motor 1.4 TSI, produzido no Brasil, acelera de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e alcança 203 km/h de velocidade máxima. Todas as versões do novo Jetta passam a contar, de série, com o sistema de infotainment mais inovador do mercado. O Volkswagen App-Connect, disponível para a Comfortline e a Highline, permite espelhamento do smartphone com as plataformas MirrorLink (sistemas Android), Carplay (compatível com aparelhos com sistema Apple) e também com o sistema Android Auto. Esses dispositivos proporcionam a reprodução e operação da tela do telefone celular, diretamente na tela do infotainment, como se fosse um espelho e sem comprometer a segurança na condução do veículo.