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Causa própria


19 de agosto de 2016 - por Luiz Humberto Monteiro Pereira  jogoscariocas@gmail.com
 
 
 
Brasil acumula primeiras medalhas em provas individuais e chega embalado à reta final dos Jogos Rio 2016
Depois da prata conquistada por Felipe Wu na pistola de ar 10 metros do tiro esportivo, que inaugurou a galeria de medalhas brasileiras nos Jogos Rio 2016, o judô nacional manteve suas boas tradições olímpicas e garantiu três medalhas. E o ouro conquistado por Rafaela Silva na categoria leve foi o melhor momento brasileiro no início das competições. Mas a grande surpresa foi a medalha de ouro conquistada pelo atleta paulista Thiago Braz no salto com vara, com direito a recorde olímpico. As primeiras medalhas nacionais na competição vieram das provas individuais, já que os esportes coletivos onde o Brasil tem mais chances se definirão no último final de semana das Olimpíadas do Rio.

Medalhistas brasileiros na fase inicial das Olimpíadas do Rio de Janeiro
 
Felipe Wu
Prata na pistola de ar 10 metros do tiro esportivo
Aos 24 anos, o estudante de engenharia aeroespacial paulistano chegou à competição olímpica com a expectativa de ser o primeiro no ranking mundial na pistola de ar 10 metros. Na competição olímpica, foi superado na última bala pelo vietnamita Xuan Vinh Hoang. “Eu era o mais novo desta final e espero ainda ter outras grandes finais pela frente”, pondera Felipe.

Rafaela Silva
Ouro na categoria leve do judô
Depois de ter sido eliminada nos Jogos de Londres, em 2012, por aplicar um golpe irregular, a judoca carioca de 24 anos deu a volta por cima. Na Arena Carioca 2, Rafaela encaixou um waza-ari na decisão com a mongol Sumyia Dorjsuren. Sua conquista foi uma reposta aos insultos racistas que sofreu nas redes sociais em 2012. “Disseram que eu era uma vergonha para minha família, que eu não tinha capacidade de estar nas Olimpíadas, que era para eu estar numa jaula. E agora mostrei para as pessoas que me criticaram que eu posso estar entre as melhores da minha categoria e dar alegrias para a minha família”, emociona-se a campeã olímpica.

Mayra Aguiar
Bronze na categoria meio-pesado do judô
A judoca gaúcha de 25 anos repetiu o desempenho dos Jogos de Londres, em 2012. Perdeu a chance de ir a final com a derrota para a francesa Audrey Tcheuméo, mas garantiu sua segunda medalha olímpica de bronze ao derrotar a cubana Yalennis Castillo. “No judô, a gente aprende a cair para depois levantar. É hora de comemorar essa medalha e a sensação de conquistar o bronze em casa. Mas logo já será hora de recomeçar o trabalho”, avisa a judoca.

Rafael Silva
Bronze na categoria pesado do judô
O sul-matogrossense Rafael Silva, o Baby, levou a medalha de bronze na categoria peso pesado, para atletas acima de 100 kg, repetindo sua colocação nos Jogos de 2012. No Rio, após derrotar o hondurenho Ramón Pileta e o russo Ranat Saidov, o atleta de 29 anos só caiu para o francês Teddy Riner, que na final tornou-se bicampeão olímpico. Na disputa pelo bronze, venceu o uzbeque Abdullo Tangriyev. “A torcida ajudou bastante. Em casa, é outra coisa. O judô está de parabéns”, comemora Rafael.

Diego Hypólito
Prata no solo da ginástica artística
Depois de cair sentado em suas apresentações no solo nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e de Londres, em 2012, o ginasta paulista atingiu o ápice de sua carreira olímpica nos Jogos Rio 2016 – foi superado apenas pelo britânico Max Whitlock, que levou o ouro. “Cheguei para essa competição com 30 anos de idade e não sou tão bom quanto era nas Olimpíadas anteriores. Mas falei ‘dessa vez não vai ser igual a Pequim e a Londres’. E conquistei a prata!”, festeja o atleta.
 
Arthur Nory
Bronze no solo da ginástica artística
Aos 22 anos, o ginasta paulista desponta como um dos principais nomes da nova geração da ginástica artística brasileira. Ter conquistado a medalha de bronze, ao ser superado somente pelo inglês Max Whitlock e pelo brasileiro Diego Hypólito, foi uma das maiores surpresas brasileiras nessas Olimpíadas. “Não dá para descrever esse sentimento. Foi fantástico ter conseguido viver essa emoção ao lado de um grande ídolo do esporte como Diego Hypólito”, vibra Arthur Nory.

Poliana Okimoto
Bronze na maratona aquática
Na praia de Copacabana, a nadadora paulistana de 33 anos foi a quarta a cruzar a linha de chegada na prova de 10 mil metros, mas acabou beneficiada pelo erro da francesa Aurelie Muller, que puxou a a nadadora italiana Rachele Bruni para bater primeiro na placa da chegada. A francesa foi desclassificada e Paula ficou com a medalha de bronze. “Nunca treinei tanto na minha vida como treinei esse ano. Eu treinava e imaginava ganhar uma medalha. Quando consegue, a gente não acredita”, avalia Paula.

Arthur Zanetti
Prata nas argolas da ginástica artística
Depois da medalha de ouro nos Jogos de Londres, em 2012, o ginasta paulistano de 25 anos ficou com a prata no Rio de Janeiro. Na final das argolas, foi superado pelo grego Eleftherios Petrounias, que fez uma apresentação perfeita. “Acho que é um resultado incrível, que vai ficar na memória! Eu ganhei em Londres, o grego ganhou no Rio. Teremos um tirateima em 2020, em Tóquio!”, avisa Arthur Zanetti.

Thiago Braz
Ouro no salto com vara no atletismo
Aos 22 anos, o atleta paulista saltou 6,03 metros no Estádio Olímpico carioca. Com esse salto, bateu o recorde olímpico, superou o francês campeão olímpico Renaud Lavillenie, que falhou ao tentar saltar os 6,08 metros, e tornou-se o novo campeão olímpico. “É uma oportunidade incrível ter conseguido fazer o melhor salto da minha vida durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. É inexplicável! Ainda não acredito que sou campeão olímpico”, comemora Thiago.

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