Chevrolet S10 LTZ CD 2.8 Diesel 4x4 Aut 2017 - Sistema CPA - Dias ao Volante
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Chevrolet S10 LTZ CD 2.8 Diesel 4x4 Aut 2017 - Sistema CPA
A volta por cima da S10
01 de dezembro de 2017 - por Gabriel Dias e Daniel Dias
Como a picape média da Chevrolet conseguiu bater a rival Hilux. Dias ao volante conferiu a tecnologia, a força, a conectividade e o fantástico sistema CPA, que tira as vibrações características do motor turbodiesel, na versão 2.8 LTZ automática.
Desde seu lançamento, em 1995, a S10 consolidou-se na liderança do segmento das picapes médias, sendo sinônimo de robustez, força e acessível à grande parcela dos consumidores brasileiros, além de ser uma legítima herdeira de toda a tradição de suas antepassadas da Chevrolet, em uma história que neste ano completa um século de estrada e trabalho.
O primeiro lugar nas vendas e a confiança do comprador se mantiveram intactos até o início da segunda década do novo milênio, quando a Toyota Hilux, mais teconológica, tomou para si a liderança do segmento. Para a Chevrolet, restaram então dois caminhos a seguir, continuar apostando na sua picape, dotando-a com aperfeiçoamentos, ou promover um novo produto.
Felizmente, vingou a primeira opção, pois o nome S10 sempre foi muito forte, na contramão do ocorrido com a mesma montadora ao abandonar a marcante denominação Vectra.
Silenciosa e substancialmente, a Chevrolet foi fundo na recuperação do prestígio de sua picape média, para, a partir dos modelos da linha 2018, deixar para traz a rival japonesa, em tecnologia, modernidade, conforto, entretenimento, conectividade e em vendas.
Duas novas versões da S10 - a com motor 2.5 aspirado bicombustível e transmissão automática e a 2.8 turbodiesel, também automática, equipada com o sistema CPA - colocaram a Chevrolet e sua picape novamente na vanguarda, em todos os quesitos. A sigla com as três letras maiúsculas da segunda configuração serão explicadas a seguir.
Dias ao Volante testou por uma semana a S10 2.8 LTZ automática de 200 cavalos, associada ao câmbio automático de seis velocidades com reduzida e à tração 4x4. Mais: com o sistema CPA (Centrifugal Pendulum Absorber). Se fôssemos apenas ficar com a tradução da sigla, já teríamos uma pista para encontrar uma explicação para o funcionamento do dispositivo. Mas, de tão genial, merece uma abordagem mais clara e coloquial.
Todo o veículo a diesel tem a característica vibração da saída da caixa de câmbio para as rodas motrizes, especialmente se estiver trabalhando em conjunto com uma transmissão automática. Para aproximar ainda mais sua picape média de um confortável carro de passeio para seus ocupantes – notadamente, para o motorista -, a engenharia da Chevrolet desenvolveu o CPA, criando um pêndulo que faz o meio de campo entre a transmissão e o veículo. Como a peça está no meio do processo, acaba chamando todas as vibrações da saída da caixa para si, não repassando nada para o carro.
O CPA é a estrela desta versão da S10. No entanto, não está sozinho sob os holofotes. É na prática que o motorista sente o real prazer e a comodidade - da teoria explicada - do sistema integrado ao câmbio. A S10 roda fácil, imponente e com pouco deslocamento da cabine em relação ao chassi e excelente estabilidade, botando para trabalhar os controles de tração e de estabilidade, que completam uma simbiose perfeita com a cavalaria do vigoroso motor turbodiesel.
Para o off-road, a S10 põe em campo todo seu repertório tecnológico, com a marcha reduzida não deixando o motorista na mão nem em terrenos dos mais acidentados ou lamacentos, o assistente de rampa - permite parada total do veículo em subidas acentuadas -, o assistente de descidas - faz o carro descer uma ladeira íngreme com o motorista tendo como única preocupação o volante – e o controle de inclinação – faz com que a S10 não role com até 45 graus. Se você acha pouco, experimente ficar em um veículo vendo o mundo ficar virado quase de cabeça para baixo.
Os 200 cavalos levam a S10 turbodiesel à velocidade máxima de 180 km/h, limitada eletronicamente, à boa aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e ao consumo médio – com tração 4x2 – de 8,8 km/l na cidade e de 10,8 km/l na estrada. Com um tanque de combustível de 80 litros, isto daria uma autonomia de quase 900 quilômetros, suficiente para ir e voltar de Porto Alegre (RS) à cidade de Garopaba (SC), e ainda dar umas bandas na praia sem necessidade de reabastecimento.
Com interior confortável e sofisticado como um sedã médio de luxo, a S10 tem a conectividade do multimídia MyLink compatível com Android Auto e Apple CarPlay e o exclusivo OnStar, oferecendo serviços de emergência, segurança, navegação, concierge e diagnóstico avançado ao toque de um botão localizado junto ao espelho interno ou por aplicativo para smartphone.
FICHA TÉCNICA
Motor: 2.8 turbodiesel 16V
Potência: 200 cavalos
Câmbio: automático, 6 velocidades com reduzida e CPA
Tração: 4x4
Direção: assistência elétrica
Suspensão: independente com braços articulados na dianteira e feixe de molas semi-elípticas na traseira
Freios: ABS
Pneus: 265/60 R18
Comprimento: 5,40 metros
Largura: 1,87 metro
Altura: 1,84 metro
Entre-eixos: 3,09 metros
Capacidade da caçamba: 1,04 mil quilos
Peso: 2.1 mil quilos
Preço: R$ 146,99 mil
DESTAQUES
| Estilo |  | 10 | Câmbio | | 10 |
Acabamento | | 10 | Freios |  | 9 |
| Posição de dirigir | | 9 | Suspensão | | 9 |
| Instrumentos | | 10 | Consumo |  | 8 |
| Interior | | 10 | Estabilidade | | 10 |
| Porta-malas | | 10 | Custo-benefício | | 10 |
| Desempenho | | 9 | Recomendação | | 10 |
| Motor | | 10 | Avaliação Geral | | 9,6 |
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