01 de maio de 2018 - por Gabriel Dias e Daniel Dias
Trazida para o Brasil pelo Equinox, a versão Premier do SUV substitui a configuração LTZ da família e acrescenta um item fundamental: o sistema ESP, que parece dar vida ao veículo.
Dias ao Volante testou a versão Premier – configuração de top de linha da Chevrolet nos EUA e que estreou por aqui com o Equinox no ano passado -, equipada com o novo motor herdado do Cruze, o 1.4 Turbo Ecotec de 150 cavalos com gasolina e 153 cavalos com etanol, associado ao câmbio automático de seis velocidades com opção sequencial acionada por meio de botão localizado na alavanca no console central.
A Premier tem os mesmos itens de sua antecessora, a LTZ, porém, com um importante diferencial:é a única a sair de fábrica com o sistema ESP (controles de estabilidade e de tração), recurso estreante no SUV da Chevrolet. No Brasil, a configuração terá duas versões, a Premier I (partindo de R$ 99,49 mil) e a Premier II (R$ 102,69 mil), sendo que na segunda adiciona alertas de mudança de faixa e de colisão e airbags laterais e de cortina, além, naturalmente, dos dois frontais exigidos por lei no país desde janeiro de 2014.
Durante os testes, o ESP foi exigido em condições severas de condução, como por exemplo, em alças de entrada e saída de viadutos rodoviários, todos, lamentavelmente, com piso irregular, que acaba colaborando em observações do comportamento da estabilidade de um veículo neste tipo de avaliação mas são uma “tragédia” para o pobre do usuário comum de nossas estradas.
Nessas vezes, com uma velocidade acima do indicado para o local, o ESP passou a impressão de dar vida ao carro. O controle parece que desperta e passa a corrigir as saídas do veículo, em especial, as de traseira, “enviando ordens” a cada uma das quatro rodas, dando conta de como elas devem tracionar mais ou aliviarem seu curso, até que o veículo fique estável. É fantástico!
O conjunto motriz do utilitário esportivo de luxo pode atingir velocidade de 198 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h feita em 9,4 segundos (melhora um décimo de segundo com o ESP). O consumo também apresentou melhorias, registrando 10,8 km/l na cidade e 13,2 na estrada. A média entre as duas situações ficou em 12,3 km/l. Com isso, a tecnologia de controles presente na versão influencia para melhor não só na segurança, na dirigibilidade e na estabilidade como também auxilia na economia de combustível.
Assim como o visual externo, a vida a bordo não teve alterações em relação à antecessora LTZ, a não ser a inclusão dos botões do ESP e de alerta de troca de faixa localizados abaixo do sistema de multimídia.
O Tracker vem ganhando terreno a cada ano que passa, e Dias ao Volante assina embaixo no que diz respeito em agradar ao consumidor, pois a nova versão encanta em todos os aspectos. O único detalhe negativo fica por conta da inexistência do ajuste de profundidade do volante. Tem apenas o de altura.
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, 16 válvulas, 1.4 turbo
Potência: 150 cavalos (gasolina) e 153 (etanol)
Transmissão: automática de seis marchas, com opcional de sequencial
Direção: elétrica progressiva (EPS)
Suspensão: dianteira tipo McPherson com barra estabilizadora, roda independente e traseira com eixo de torção e roda semi-independente. Molas helicoidal e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás
Freios: dois discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, com ABS (Anti-block Braking System)
Controles de estabilidade e de tração e alerta de troca de faixa
Rodas: aro de liga 18 com pneus 215/55 R18
Peso: 1.413 quilos
Porta-malas: 306 litros e 735 com bancos rebatidos