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Estratégia ligada na tomada

16 de setembro de 2021 - por Daniel Dias / AutoMotriz
Diretor Sênior de Vendas e Marketing da Nissan do Brasil, Tiago Castro fala sobre a eletrificação e o momento da marca no Brasil.
Na indústria automotiva mundial, a Nissan foi uma das pioneiras na pesquisa e no desenvolvimento da mobilidade elétrica. Nos setenta e cinco anos de legado nesse campo, a marca oriental desenvolveu mais de trinta e cinco veículos. Em 1996, lançou o Prairie Joy, o primeiro veículo elétrico com bateria de íons de lítio do mundo. Em 2009, viria o primeiro carro elétrico produzido em massa no planeta, o Leaf. Desde seu lançamento, o modelo já teve mais de 500 mil unidades vendidas no mundo. Em sua segunda geração, o Leaf chegou ao Brasil em 2019. “O Leaf e a eletrificação são muito importantes para a Nissan”, explica Tiago Castro que, desde abril do ano passado, é diretor Sênior de Marketing e Vendas da Nissan do Brasil. Durante a Expointer, evento agropecuário realizado na cidade gaúcha de Esteio, de 4 a 12 de setembro, o executivo paulista falou sobre a eletrificação de veículos no Brasil – o principal pilar da montadora oriental para os próximos anos –, o início da segunda fase da consolidação do “Projeto Leaf” e sobre as novidades no portfólio.

P) Como a Nissan avalia que está a atual situação da eletrificação automotiva no país?
Tiago Castro – No Brasil, a eletrificação ainda está lenta. No mundo, tem 5% de carros elétricos, aqui, tem 0,5%. Só que a eletrificação acontecerá, é um caminho sem volta. Recentemente, doamos à Polícia Militar de São Paulo dois Leaf totalmente equipados. Por que a polícia não poderia utilizar um carro elétrico? Pode, sim!

P) Quais são os planos da marca para o Leaf no Brasil?
Tiago Castro – Com o Leaf, nosso objetivo maior não é vender o carro e sim criar uma relação para a vida do cliente. Não queremos ver um cliente satisfeito, mas apaixonado. Para isso, tivemos de focar muito na parte do pós-vendas, do treinamento e do atendimento ao cliente. Tivemos a preocupação de começar devagar, mesmo sendo o elétrico mais vendido do mundo, para não termos um tropeço. Lançamos o Leaf aqui em julho de 2019, porém, no ano seguinte, veio a pandemia. Agora, em setembro, estamos começando com a chamada “Segunda Fase da Eletrificação”, expandindo para quarenta e quatro lojas para ter uma representatividade efetiva na eletrificação no Brasil inteiro. Criamos um grupo específico para cuidar do Leaf no WhatsApp, chamado de “Leaf Concierge”, fazendo um acompanhamento nos primeiros três meses com o carro no dia a dia do novo proprietário. Nesse segundo passo, ajudaremos a consolidar a ideia de o carro elétrico fazer parte da vida das pessoas. Queremos que elas percam o medo do carro elétrico.

P) Como a Nissan está enfrentando a crise causada pela pandemia?
Tiago Castro – A criatividade foi fundamental. Quanto ao processo de vendas em si, a Nissan segue sendo uma referência na transformação digital. O “Showroom Virtual Nissan” é um novo passo nessa direção. Ele facilita a jornada do cliente e permite que o usuário possa ter todos os detalhes de nossos veículos de maneira muito interativa usando seus dispositivos eletrônicos estejam onde estiverem.

P) A indústria brasileira vive um momento difícil, com várias linhas paralisadas pela falta de componentes. Como está o momento da Nissan no Brasil?
Tiago Castro – Estamos com cento e oitenta concessionárias no país. Nacionalmente, a Nissan tem por volta de 3,5% de participação. Continuamos na pandemia e agora veio este problema com a escassez de componentes, especialmente de semicondutores. Há pouco, a Malásia, o maior centro de fornecimento desses componentes, parou, atingindo todas as montadoras no Brasil e no mundo. Estamos entregando um número de veículos bem menor do que gostaríamos. A demanda está crescendo, mas a produção, não. Porém, acreditamos que dentro dos próximos seis meses, tudo se normalizará nesse sentido. Temos três modelos colocados estrategicamente como protagonistas em seus segmentos. O Leaf, trazido da Inglaterra, que fala por si só, o Kicks, produzido em Resende, no Rio de Janeiro, conquista cada vez mais clientes no segmento de maior crescimento, o de SUVs, e a Frontier, feita na Argentina, assume condição de uma das melhores picapes médias do mercado brasileiro.

P) O Complexo Industrial da Nissan em Resende continuará produzindo apenas o Kicks?
Tiago Castro – O March deixou de ser produzido no Brasil no ano passado. No entanto, ele deve ser substituído por um SUV subcompacto. Na semana passada, anunciamos o fim da produção do sedã compacto V-Drive, da primeira geração do Versa. Mas o novo Versa continua vindo forte via México. Por enquanto, o Kicks permanecerá como nosso único modelo “brasileiro”. Entretanto, nosso portfólio aumentará em breve, provavelmente com um novo sedã compacto.

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