18 de maio de 2016 - por Daniel Dias e Gabriel Dias
Material largamente utilizado na construção dos carros de Fórmula-1, pela resistência e leveza, inspira a Ford a equipar seu superesportivo com tecnologia de competição.
A Ford tem no seu novo esportivo GT um dos carros mais tecnológicos da marca, funcionando como uma vitrine das inovações mais avançadas do setor automotivo. O modelo comercial do GT introduzirá uma nova geração de rodas de fibra de carbono, que além de melhorar as características de dirigibilidade do supercarro dão mais liberdade aos designers para a criação de formas complexas. Anteriormente, a engenharia da Ford já havia desenvolvido rodas de fibra de carbono em um veículo de série, o Mustang Shelby GT350R de 2015. Agora, aplica a nova tecnologia de fibra e resina no GT. O acabamento em verniz fosco ou brilhante das novas rodas deixa à mostra a textura natural da fibra de carbono, combinando com a grade do motor, soleiras das portas e extratores de ar, feitos do mesmo material. Desenvolvidas em parceria com a Carbon Revolution, as novas rodas trazem várias vantagens sobre as tradicionais de alumínio. Além de diminuir o peso, melhoraram a aceleração e a frenagem. A fibra de carbono, largamente utilizada na construção dos carros de Fórmula-1, reduz a massa não suspensa e a inércia rotacional, beneficiando o funcionamento da suspensão, a qualidade de rodagem e o desempenho dinâmico do veículo. Pelas suas características de leveza e resistência, também oferecem flexibilidade para a criação de desenhos inovadores. As rodas de fibra de carbono do Ford GT serão oferecidas como item opcional. Têm o tamanho de 8,5x20 polegadas na frente e 11,5x20 polegadas na traseira, com 10 raios e grande rigidez estrutural, eliminando mais de 900 gramas de massa não suspensa em cada roda. Comparadas às rodas padrão, já muito leves, diminuem a inércia em 25%. Outro benefício é o funcionamento mais silencioso e refinado. Diferentemente das rodas de metal, as de fibra de carbono têm uma natureza densa e inerte que também reduz os ruídos, as vibrações e as asperezas. - Rodas mais leves exigem menos trabalho da suspensão, melhoram o seu contato com a pista, a tração e o controle. Cada roda girando age também como um giroscópio . Assim, quanto mais leve, melhor a dirigibilidade e a dinâmica, requerendo menos energia para acelerar e vira - explica Dave Pericak, diretor global da Ford Performance.
Ícone desde os anos 60, o novo GT, apresentado no Salão de Detroit do ano passado, é equipado com motor V6 EcoBoost, de mais de 600 cavalos.