6 de junho de 2022 - por Daniel Dias e Gabriel Dias
O Commander desfila com beleza, conforto, desempenho e segurança para todos os sete ocupantes e em qualquer tipo de terreno.
Apresentado em setembro do ano passado, o Commander é o terceiro modelo da Jeep produzido no Brasil. Fabricado no Polo Automotivo Jeep na cidade pernambucana de Goiana, considerada a mais eficiente linha de produção automotiva do grupo Stellantis no mundo, o Commander vem para se juntar ao compacto Renegade e ao médio Compass – líderes de vendas em suas categorias. A missão do novo modelo é ser uma referência entre os utilitários esportivos para até sete pessoas no país. O primeiro Jeep desenvolvido totalmente do Brasil tem um conceito global e será exportado para outros países latino-americanos. Em termos de estilo, o Commander pode ser definido como uma espécie de "Grand Compass". Apesar dos esforços do marketing da Jeep para ressaltar uma personalidade própria, o novo modelo herdou bastante do estilo consagrado do SUV médio da marca.
De fato, nenhuma peça da carroceria é compartilhada com o Compass. Os faróis full-led com setas sequenciais são exclusivos e visualmente integrados com a grade de sete fendas. Barras prateadas com efeito de aço escovado envolvem os faróis e também marcam presença no para-choque, unindo as luzes diurnas de LEDs. Se a aparência externa remete a uma versão "anabolizada" do Compass, o espaço interno é um atributo mais específico do novo modelo. Afinal, a plataforma maior se traduz em espaço para sete passageiros. São 661 litros de capacidade no porta-malas com cinco pessoas, 233 litros com sete e até 1.760 litros com apenas dois passageiros, sem as duas fileiras traseiras.
A sofisticação é outro ponto forte do Commander. Os bancos, feitos em couro com detalhes em suede (tecido semelhante à camurça), reforçam o aspecto refinado. Têm costura aparente, com tom acobreado, bordado no encosto e nos assentos. O logotipo "Jeep" vem gravado em baixo relevo na versão Limited no banco e no apoio de braço. Nas topos de linha Overland, o nome da versão é que vem gravado nos bancos. O conjunto suede e couro está também no painel com costura em "burnished cooper" nos acabamentos em marrom e preto.
Por fora, o Commander oferece seis opções de cores tradicionais da marca (Branco Polar, Cinza Granite, Prata Billet, Azul Jazz, Deep Brown e Preto Carbon) e uma nova e exclusiva do modelo: a Slash Gold, um tom dourado. Nas versões Overland, o teto é em preto e as molduras inferiores são na cor do veículo. Dentro da cabine, são três cores como opções para o acabamento: couro e suede preto (Limited), couro e suede marrom (Overland) e couro cinza (único item opcional do novo Jeep). O Commander apresenta ainda nove novos "easter eggs" – tradicionais figuras típicas da marca norte-americana – espalhados no interior e exterior do veículo.
Dias ao Volante testou a versão Limited equipada com motor 1.3 turbo T270 de 180 cavalos de potência abastecido com gasolina e 185 com etanol, associado ao câmbio automático de 6 marchas com tração dianteira. O desempenho do conjunto motriz é impressionante em relação de peso/potência (9,1 kg/cv), permitindo aos 1.685 quilos do veículo acelerarem de 0 a 100 km/h em apenas 9,5 segundos. A velocidade máxima é de 202 km/h. Quanto ao consumo, as médias registradas no teste foram bem satisfatórias para o seu porte, ficando um "porém" no trânsito pesado nas cidades.
- Cidade: 6,5 km/l (com trânsito pesado) e 9,2 km/l (com o trânsito fluindo normal)
- Estrada a 60 km/h: 27 km/l
- Estrada a 80 km/h: 22,1 km/l
- Estrada a 100 km/l: 17 km/l
- Média cidade-estrada: 10,6 km/l
No teste de rodagem, o Commander demonstrou todo o seu conforto e potência nas rodovias e também no fora-de-estrada, no qual o SUV não respeitou terra, buracos e ondulações com uma condução totalmente segura e com rápidas respostas nas manobras, sempre deixando o veículo na mão do motorista. Mesmo não sendo a proposta da versão por não contar com tração integral, a carroceria praticamente não "trabalhou" mesmo ao ser exigida mais radicalmente, mantendo sempre contato por inteiro dos pneus com o solo. Foi um teste muito prazeroso e com ótimos resultados. O desfile se completa no asfalto, com o belo e imponente design demonstrando sua força e robustez, com reacelerações vigorosas e contornos de curvas seguros. Por outro lado, o Commander merecia ter o câmbio de 9 velocidades que equipa outros modelos do grupo.
O visual externo é apaixonante, com a identidade da marca sempre em destaque. A dianteira tem full-leds com auxiliares de neblina direcionáveis (apontando para o lado que o volante vira). A carroceria passa sofisticação no visual com vincos nas laterais, molduras na parte inferior das portas, teto black piano e o nome do modelo nas portas dianteiras. Com o conjunto de suspensão e pneus 235/55 R 18, a condução ganha conforto e segurança. O Commander conta com sete airbags (dois frontais, dois laterais, dois de cortina que se estendem até o assento traseiro e um de joelho do motorista) e vários recursos de assistências, como auxílio de troca de faixa involuntária, assistente de distância para o veículo à frente e contra colisão iminente.
A vida a bordo é muito harmoniosa e luxuosa, trazendo muito conforto e espaço aos ocupantes e, principalmente, ao condutor. Dois bancos extras no compartimento na extrema traseira completam os sete lugares. Esses assentos não chegam a ser confortáveis para pessoas com alta estatura. Eles são mais indicados para crianças e para curtos deslocamentos. Com muitos equipamentos oferecidos e de fácil manuseio e interação, o motorista tem regulagens no banco com ajuste lombar para relaxar a coluna durante o estressante dia a dia no trânsito e altura e de profundidade no volante.
O SUV oferece o painel full-digital de 10,25 polegadas e central multimídia sensível ao toque de 10,1 polegadas. Disponibiliza ainda o assistente de estacionamento, fazendo a manobra sozinho, ficando ao condutor apenas as funções de acionar o freio e engatar a marcha correta. Completando o interior, existem bancos exclusivos e forrações em couro com a marca "Jeep 1941" – ano de estreia dos famosos jipes utilizados pelos Aliados contra os nazistas em plena Segunda Guerra Mundial - no apoia-braço central. O Commander tem ainda tampa traseira elétrica, chave presencial com partida à distância do motor, alerta de obstáculos dianteiros e traseiros, assistente de saída em ladeiras (Hill Holder), freio de estacionamento eletrônico, alertas de tráfego cruzado e retrovisores com detectores de ponto cego.
Preços das versões:
- Limited T270 - R$ 223,69 mil
- Overland T270 - R$ 251,99 mil
- Limited TD380 - R$ 277,99 mil
- Overland TD380 4x4 - R$ 306,89 mil
FICHA TÉCNICA
Motor:dianteiro 1.3 turbo 16 válvulas Flex
Potência:180 cv (gasolina) e 185 cv (etanol)
Transmissão:automática de 6 marchas, com sequencial como opcional
Tração:dianteira
Direção:elétrica
Suspensão:dianteira e traseira independente tipo MacPherson com molas helicoidais
Freios:quatro freios a disco (dianteiro ventilado e traseiros sólidos) com ABS, distribuição eletrônica de frenagem (EBD), assistência de frenagem de urgência e programa eletrônico de estabilidade (ESP)