25 de abril de 2017 - por Daniel Dias e Gabriel Dias
Em três gerações, que o transformaram de um subcompacto para um modelo com até versão sedã e mais espaço para cinco pessoas, o modelo da Ford alcança a marca mostrando no retrovisor uma história de inovações e marcos emblemáticos.
O Ka entrou para o seleto clube de veículos com mais de 1 milhão de unidades produzidas no país. Em suas três gerações, o compacto da Ford se consolidou como um dos líderes de vendas do mercado nacional, mudou de segmento, passou por grandes transformações e tornou-se global, com projeto desenvolvido no Brasil. Atualmente, o modelo produzido na fábrica de Camaçari, na Bahia, também é exportado para países da América do Sul e está presente na Índia, no México e na Europa.
A mudança radical do Ka nos seus 20 anos de história é um caso único dentro da indústria automotiva. Nascido como subcompacto na Europa para atrair um público jovem, com formas revolucionárias, se transformou em um compacto familiar global de volume, desenvolvido no Brasil, para atender a uma faixa ampla de consumidores.
A linha introduziu seguidas novidades nos motores, nos equipamentos e nas versões especiais, contribuindo para impulsionar seu sucesso e conquistando vários prêmios e uma legião de fãs.
- O Ka cumpriu a missão de elevar o patamar da marca no segmento de maior volume do mercado. É um produto moderno, competitivo, desejado e em constante evolução, que soube avançar para antecipar tendências e atender às necessidades dos consumidores - diz Fernando Pfeiffer, gerente de Marketing de Produto da Ford.
A geração inicial, lançada no Brasil em 97, representou o primeiro passo da renovação da marca no país, tanto no aspecto industrial quanto de imagem. Para produzi-lo, a fábrica em São Bernardo do Campo (SP) passou por uma completa modernização da linha de montagem.
Primeiro subcompacto brasileiro, foi o veículo que estreou o design New Edge da Ford, com formas arrendondadas inovadoras e nome inspirador – significa, em egípcio, "espírito que anima todos os seres vivos". Com as características de facilidade de manobra, economia de combustível e desempenho dos motores 1.0 de 51 cavalos e 1.3 de 60 cavalos, da família Endura-E, foi logo muito bem aceito no mercado.
Em 2000, a linha ganhou o motor Zetec RoCam de 65 cavalos. Em 2002, o hatch passou por uma reestilização traseira, feita exclusivamente para atender ao gosto dos consumidores locais, com para-choques de linhas retas, nova tampa do porta-malas e lanternas verticais.
A segunda geração, em 2008, trouxe a primeira grande mudança. A carroceria foi ampliada para acomodar cinco passageiros, mantendo a configuração de três portas. Junto com os motores RoCam Flex 1.0 e 1.6, introduziu diferenciais no segmento de entrada, como alarme volumétrico, controle remoto das portas e do porta-malas e travamento automático das portas a 15 km/h. Na linha 2012, passou por uma leve reestilização na grade dianteira e nas lanternas.
A terceira geração, desenvolvida no Brasil, chegou em 2014 com projeto totalmente novo e global. Montado no Complexo de Camaçari, com carroceria de quatro portas e espaço maior para cinco passageiros, o modelo inovou também na tecnologia, na oferta de equipamentos e nos motores. Além do 1.0 TiVCT de três cilindros de 85 cavalos, produzido na nova fábrica inaugurada na Bahia, passou a oferecer o Sigma 1.5 de 110 cavalos, com vários aprimoramentos para o desempenho e a economia.
Entre outros itens, o novo Ka é o primeiro da categoria a vir de série com direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com controle remoto e som com comandos de voz e Bluetooth. Inovou também nos opcionais, com a oferta de controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e sistema de conectividade SYNC com assistência de emergência e sistema AppLink para aplicativos de celular.