28 de julho de 2016 - por Daniel Dias e Gabriel Dias
Localizado em Suzano (SP), estrutura no padrão global da Ford enviará peças de veículos para vários países. Nova área substitui a antiga operação da fabricante norte-americana em São Bernardo do Campo.
A Ford colocará em operação a partir de 1º de agosto um novo centro de distribuição de peças para exportação, visando atender a 12 unidades de produção da marca em alguns países. Localizado em Suzano, na Grande São Paulo, o centro logístico estará instalado na Cragea (Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos), em área de 1,9 mil metros quadrados, com estrutura dentro do padrão global da fabricante norte-americana.
Com uma série de vantagens operacionais de logística, governança e redução de complexidade, a instalação trará mais agilidade no fornecimento de peças brasileiras para Argentina, Venezuela, México, Rússia, China, Vietnã e Tailândia, Índia e África do Sul. Para atender esses países, a Ford utiliza operações multimodais que envolvem transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo.
O centro de peças para exportação tem instalações completas: escritório, duas docas físicas e 17 docas virtuais considerando os espaços no solo para depósito de contêineres. Conta também com suporte de outros departamentos da Ford, como finanças, jurídico, compras e tecnologia da informação.
No modelo anterior, o depósito instalado em São Bernardo do Campo (SP) recebia as remessas de 166 fornecedores externos, totalizando mais de duas mil peças diversas para carros, picapes e caminhões. Nessa lista estão, por exemplo, itens como lanternas da Ranger, radiadores do Focus, motores da linha Cargo e vários componentes do EcoSport, Ka e New Fiesta.
Na operação, São Bernardo consolidava o material e fazia o transporte para o centro de distribuição no Cragea para o desembaraço e exportação. No ano passado, a operação movimentou mais de 1,05 mil contêineres, equivalentes a 54.000 metros cúbicos de carga.
- Com o novo entreposto, a logística será racionalizada. A entrega será feita diretamente no Cragea. De lá as exportações seguem para os destinos de saída do país, como o Porto de Santos, os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em Campinas, e ainda por rodovia na fronteira do Brasil e Argentina. Isso significa economia de recursos, tempo e controle - diz Emerson Miguel, supervisor de logística da Ford.
As principais alterações passam pela operação externa dentro de área alfandegada, assim como a otimização de embalagens de exportação com o padrão Ford e redução de reembalagem. A agilidade no recebimento e expedição e o atendimento diferenciado aos clientes globais são outros fatores que colocam a Ford Brasil nos padrões internacionais nesse tipo de operação.
Outros ganhos com a área exclusiva são mudanças no controle diferenciado de inventário (formação de lote), retorno imediato ao fornecedor em caso de problemas na chegada do material e emissão de documentos de exportação pela Ford para todas as peças.