27 de agosto de 2017 - por Gabriel Dias e Daniel Dias
A Renault entra na briga dos SUVs compactos com um ótimo produto. O Captur se destaca pela tecnologia, pelo desempenho e o estilo, digno de figurar permanentemente em uma exposição de arte.
O Captur chegou ao Brasil este ano, mas já figura no mercado europeu desde 2013. O SUV compacto vem para desafiar e deixar em estado de alerta os concorrentes, o Chevrolet Tracker, o Ford EcoSport, o Honda HR-V, o Hyundai Creta, o Jeep Renegade, o Nissan Kicks e o Volkswagen Tiguan.
O modelo da fabricante francesa é produzido em São José dos Pinhais (PR) com base da plataforma do Duster e é oferecido nas versões Zen 1.6 Sce mecânico, Zen 1.6 SCe X-Tronic, Intense 1.6 SCe X-Tronic e Intense 2.0 automático.
A versão testada por Dias ao Volante foi a Intense, equipada com motor 2.0 de 143 cavalos (gasolina) e 148 cavalos (etanol) que permite ao veículo atingir a velocidade máxima de 179 km/h. O propulsor trabalha em conjunto com a transmissão automática de quatro velocidades.
O Captur registrou um bom desempenho para os seus 1,35 mil quilos, acelerando de 0 a 100 km/h em 11,2 segundos. Quanto ao consumo, às informações coletadas foram abaixo do esperado para um veículo com boa relação peso/potência, sendo 7,5 km/l na cidade e 12,5 na estrada, com médias de 9,7 km/l, sem o ar-condicionado ligado. Acionando o sistema de refrigeração ambiente, os números baixam para 6,2 km/l na cidade e 9,8 na estrada. O consumo excessivo pode estar ligado ao câmbio de apenas quatro marchas, não permitindo a melhor exploração do desempenho do conjunto motriz. Ou seja, o carro merece uma caixa com mais velocidades.
A dirigibilidade e a segurança na condução do SUV são confiáveis, tanto em asfalto plano quanto em piso mais instável. O Captur está sempre equilibrado e na mão do condutor. Muito confortável para guiá-lo mesmo com uma suspensão dura, além de um excelente isolamento acústico, praticamente não se ouve o som do motor.
O ponto forte do modelo, além do conforto, está no seu design, atraindo olhares por onde passou e com muitos apreciadores tirando fotos e pedindo para olhar o veículo de perto. Foi aprovado por todos, sempre muito elogiado pelo belo design.
O Captur é muito atraente, com a dianteira contendo LEDs de posição no para-choque e a grade com o grande diamante francês que expressa a atual identidade da marca. O capo tem vincos e ressaltos acentuados que ajudam o visual e a aerodinâmica. A traseira conta com lanternas em LEDs de três camadas destacando o veículo à noite. Portas onduladas ganham molduras inferiores de bom gosto. Completando o visual, rodas de liga diamantadas com aro 17 e teto black piano, no melhor estilo atual de bitom. Como o comercial de TV ilustra, o Captur merece estar exposto permanente no museu de Niterói idealizado pelo eterno Oscar Niemeyer. O design do carro da Renault estará atualizado por muitos anos.
O acabamento interno também está com uma boa proposta, com o painel principal bicolor (com aspecto que simula couro) unindo-se aos revestimentos das portas dianteiras, deixando tudo bem ergonômico. Os bancos confortáveis seguem a idéia de duas cores no couro. A regulagem do banco do motorista, no entanto, deveria ser elétrica e o volante com opção de profundidade.
A moldura central que contempla a central multimídia, com GPS, de sete polegadas e os comandos de ventilação, é em black piano. O painel de instrumentos tem iluminação branca com o computador de bordo centralizado entre o conta-giros e o marcador do tanque de combustível. Abaixo do computador tem uma luz (muda de cor de verde, amarelo e vermelho) para auxiliar o condutor a ter uma melhor economia de combustível. O porta-malas comporta até 437 litros e o tanque, 50 litros.
A versão oferece ainda para o motorista o piloto automático, mantendo o ritmo desejado, e a opção de limitador de velocidade, auxiliando para que o veículo não ultrapasse a marca determinada pelo condutor, um importante dispositivo em zonas com muitos pardais ou lombadas eletrônicas. Os comandos do som e do atendimento do celular pelo Bluetooth ficam do lado direito, atrás da direção, deixando os botões do volante responsáveis para controlar o piloto automático e o limitador de velocidade. Localização do dispositivo já conhecida por todos os consumidores da Renault.
No quesito segurança, a versão do Captur, assim como todas as demais, traz duplo airbag frontal e os sistemas ABS e EBD.
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, 16
válvulas, 2.0
Potência: 143 cavalos
(gasolina) e 148 (etanol)
Transmissão: automática de quatro
marchas
Direção: elétrica hidráulica
Suspensão: dianteira tipo
McPherson, triângulos inferiores e traseira com eixo de torção, rodas semi-independente
com barra estabilizadora. Amortecedores hidráulicos telescópicos e molas
helicoidal.
Freios: dianteiros com
discos ventilados e traseiros com tambores. Sistema ABS (Anti-block Braking
System), EBD (Electronic Brake Distribution), PBA (frenagem de urgência)