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Semana de 12 de outubro

13 de outubro de 2021 - por Daniel Dias / AutoMotriz
Veja o que são os autônomos “shuttles” da ZF, a produção de veículos para o ano e em setembro, o sucesso do Mini elétrico nos EUA, outros assuntos especiais do mundo automotivo e a conversão de gasolina para gás.
Negócios em movimento

A ZF, fabricante de componentes automotivos alemã presente em quarenta e dois países, especializada em tecnologia autônoma e fornecedora de sistemas para carros de passeio, veículos comerciais e indústria, está expandindo sua linha de produtos de transportadores (“shuttles”) e elétricos. A empresa fornecerá não apenas os próprios veículos como todos os serviços complementares necessários ao planejamento, implementação, operação, manutenção e reparação de sistemas autônomos de transporte de passageiros. Os “shuttles” da ZF já podem resolver muitos problemas de tráfego atualmente, pois transportam pessoas com mais rapidez e reduzem o número de automóveis nas ruas, bem como as emissões de poluentes nas metrópoles. Eles facilitam ainda a conexão das áreas rurais aos centros urbanos. Na preparação para o Congresso Mundial ITS, que está sendo realizado esta semana em Hamburgo, Alemanha, a ZF mostra como essa solução está se tornando muito mais acessível e atrativa.

Queda de dominós

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou suas novas previsões para o fechamento do ano em licenciamento, produção e exportação. A atual crise de fornecimento dos semicondutores tem impactado a produção no mundo inteiro. Calcula-se que a indústria automotiva global perderá de sete a nove milhões de veículos produzidos em 2021, retornando a níveis de 2020. Segundo a entidade que representa as montadoras estabelecidas no Brasil, as vendas de novos veículos este ano podem variar de 2,03 milhões a 2,11 milhões, enquanto a produção deve ficar em 2,12 milhões a 2,21 milhões. Já as exportações, ficarão em um intervalo de 357 mil a 377 mil unidades. “Nunca havíamos tido tanta dificuldade em enxergar o cenário em curto prazo na indústria automotiva. As incertezas para garantir a produção de veículos é grande com a crise de fornecimento global. Estamos presenciando uma procura por parte dos consumidores para compra de novos produtos, mas não temos unidades para atender à demanda”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. Em setembro, 173,3 mil unidades foram produzidas, um recuo de 21,3% ante o mesmo mês do ano passado. Porém, no acumulado de janeiro a setembro, a produção no país ficou em 1,64 milhão de unidades, representando aumento de 24% em relação ao mesmo intervalo de 2020. O volume fabricado até setembro foi puxado em sua maioria pelos comerciais leves (46,5%) e pelos caminhões (103,7%).

Carga de expectativa

Uma pesquisa feita pela Mini dos Estados Unidos aponta que os consumidores norte-americanos estão cada vez mais buscando eletrificar suas viagens diárias. Com resultados divulgados durante a National Drive Electric Week, metade dos consumidores esperam que o mercado automotivo naquele país seja majoritariamente elétrico em apenas quinze anos. Além disso, 80% dos entrevistados considerariam um modelo elétrico como seu carro primário ou secundário. Uma das novidades elétricas que estão agradando no mercado norte-americano é o Mini Cooper SE. Com um centro de gravidade baixo, um trem de força totalmente elétrico e uma condução dinâmica, o pequeno inglês – que está prestes a desembarcar no Brasil – tem 184 cavalos de potência e torque instantâneo de 27,5 kgfm, podendo fazer de zero a 100 km/h em 7,3 segundos. Conta com uma bateria de íons de lítio de 32,6 kWh que permite uma autonomia de até 234 quilômetros (ciclo WLTP).

Pulso forte

Segundo a Fiat, o coração” do Pulse – com lançamento previsto para o próximo dia 19 – baterá mais rápido e mais forte que qualquer outro do seu segmento no mercado brasileiro. Com o objetivo de expandir o conceito de “downsizing” em sua gama de produtos com um propulsor de última geração, com performance e eficiência energética, a Fiat trouxe para o seu primeiro SUV desenvolvido e produzido no país o motor Turbo 200 Flex, que gera 130 cavalos abastecido com etanol (125 cavalos com gasolina), sendo o 1.0 turbo mais potente de sua categoria no Brasil. O desempenho se estende também para o torque máximo, de 20,4 kgfm a 1.750 rpm com os dois combustíveis. De acordo com a marca italiana pertencente à Stellantis, esses números são possíveis graças a itens como o uso do turbocompressor com “wastegate” eletrônica, da injeção direta de combustível e do sistema MultiAir III, que possibilita um controle mais flexível e eficiente das válvulas de admissão. As tecnologias são as mesmas do motor Turbo 270 Flex, da Toro e do Jeep Compass. O Pulse terá câmbio tipo CVT com 7 marchas simuladas.

Acima da média

A Caoa Chery encerrou o mês de setembro com 4.036 carros vendidos e 2,84% de participação de mercado, permanecendo na décima colocação no ranking nacional. A marca sino-brasileira teve 27.839 unidades comercializadas de janeiro a setembro, uma alta de 120% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Esse crescimento demonstra o nosso compromisso de seguirmos nos reinventando. Mesmo diante de tantos desafios que a indústria automotiva global tem passado, a Caoa Chery tem conseguido se superar. Isso é resultado dos nossos investimentos constantes em nossas fábricas, no aumento do portfólio e da rede de concessionárias”, analisa Marcio Alfonso, CEO da marca. Entre os destaques de setembro está o Tiggo 3x. Em seu quarto mês completo nas concessionárias, o SUV compacto teve oitocentas unidades emplacadas, sua melhor performance desde o lançamento. “O Tiggo 3x é um carro extremamente competitivo, com design arrojado, muito conteúdo e um conjunto de ‘powertrain’ ágil e esperto, como o consumidor brasileiro gosta”, completou Alfonso.

Bávaro cheio de história

Uma nova classe. Assim surgiu há sessenta anos o BMW 1500 New Class, modelo que foi lançado no Salão de Frankfurt de 1961. O 1500 representou uma nova era para a fabricante bávara, a dos sedãs médios esportivos. Até então, a marca não tinha um carro que ficasse no meio termo, entre os modelos de acesso e os de luxo. O desempenho o destacava diante dos rivais dos anos 60. O motor de 1,5 litro dava o nome ao carro e rendia 75 cavalos, potência ampliada para 80 cavalos no modelo de produção após a taxa de compressão ter sido elevada. O torque de 11,7 kgfm estava disponível quase que por inteiro a partir de 1.400 rpm. A cavalaria levava os 950 quilos do carro de zero a 100 km/h em 16,8 segundos e à velocidade máxima de 150 km/h, resultados muito bons para um modelo daquela época. O bloco de motor prestaria bons serviços não apenas aos carros de passeio da marca. O quatro cilindros serviu de base para várias aplicações de pista de corrida, entre elas, o 1.5 turbo usado na Fórmula-1 da Brabham-BMW dos anos 80. Com esse propulsor, de mais de 800 cavalos, Nelson Piquet ganhou o campeonato de 1983, tornando-se bicampeão.

Um gás a mais

A gasolina nunca teve um preço tão alto no Brasil quanto agora. Graças a isso, muitas pessoas estão adaptando seus carros para o GNV, o gás natural veicular. As instalações do kit GNV cresceram 15% no Brasil somente no primeiro trimestre deste ano. A diferença em São Paulo entre a média de preço no consumo do GNV e a da gasolina é de 60 a 86%. “Acredito que a adoção do GNV deve se manter enquanto o preço de outros combustíveis seguir elevado. Além disso, o gás natural é melhor para o ambiente. Porém, tem um dado importante a ser realçado: tem gente que converte o carro mas esquece de alterar a apólice do seguro e isso pode gerar muitos problemas. Para aceitação, o kit gás precisa estar regularizado com homologação no CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo), no CSV (Certificado de Segurança Veicular) e o cilindro dentro da validade”, lembra Marcelo Moura, diretor de Automóvel e Massificados da seguradora HDI. Atualmente, o único veículo que sai de fábrica pronto para usar o GNV é o Fiat Grand Siena. Para converter um automóvel para uso do gás é necessário instalar módulo eletrônico, cilindro, suporte e pagar pela regularização dos documentos. O preço médio de tudo isso fica em torno de R$ 5 mil.

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