20 de outubro de 2021 - por Daniel Dias / AutoMotriz
O que vem atrás do novo Citroën C3, o Sonet seria o novo Kia no mercado brasileiro, a picape Ford Maverick faz um pit stop antes de chegar ao Brasil, outras novidades do mundo automotivo e as novas tecnologia dos óleos lubrificantes em discussão.
Abre alas
O novo Citroën C3, que será produzido na fábrica de Porto Real (RJ), traz a responsabilidade de ser o primeiro de uma família de três modelos que serão desenvolvidos e produzidos na região nos próximos três anos. Para tanto, o novo C3 inaugura em Porto Real a plataforma CMP (Common Modular Platform), que pode ser usada em veículos dos segmentos B e C. “Os produtos fabricados em nossas diferentes plataformas são complementares e distintos. A Stellantis está na vanguarda quando falamos em tecnologia no mundo. Temos estruturas, equipamentos, laboratórios e espaços para fazer todos os tipos de testes previstos no desenvolvimento de um veículo. Assim, os nossos consumidores sempre terão a sua disposição automóveis cada vez mais modernos e surpreendentes”, explica Marcio Tonani, diretor do Tech Center da Stellantis para a América Latina.
Será que vem?
A Kia Uruguai apresentou onovo Sonet, um SUV compacto produzido na Índia que também está contado para desembarcar no mercado brasileiro em 2022. Com 4,12 metros de comprimento, 1,79 metro de largura, 1,64 metro de altura, 2,5 metros de entre-eixos e porta-malas com 392 litros de capacidade, as duas versões que estão entrando no país vizinho se diferenciam somente nos níveis de equipamentos e compartilham o motor 1.5 de quatro cilindros, 16 válvulas, com 113 cavalos de potência, acoplado à transmissão manual de 6 velocidades ou tipo CVT de 6 marchas simuladas. Entre os principais argumentos para competir em seu segmento, o Sonet tem controle de tração e estabilidade, assistente de partida em subida, piloto automático, cintos de segurança de três pontos, Isofix, TopTether, sensor para iluminação automática, direção hidráulica e câmera de estacionamento traseiro e sensores. Em termos de conforto, oferece ar-condicionado com saídas para os bancos traseiros, assento do condutor com regulagem de altura, volante multifuncional, vidros e retrovisores elétricos, botão de partida, computador de bordo, multimídia com tela de 8 polegadas, Bluetooth, compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, apoio de braço central frontal e entradas USB na frente e atrás. Os preços no Uruguai partem de US$ 26.490 (cerca de R$ 145 mil). A venda dos modelos Kia no Uruguai é feita pelo mesmo Grupo Gandini que controla a comercialização da marca sul-coreana no Brasil. (Colaborou site “Airbag” do Uruguai)
Pit stop no México
Com previsão de chegada ao Brasil no próximo ano, a Maverick começou a ser vendida no México, onde é produzida. No país norte-americano, a picape da Ford tem duas versões, a XLT (tração dianteira), com preço equivalente a R$ 171 mil, e a Lariat (tração integral), a partir de R$ 202 mil, ambas equipadas com o motor2.0 EcoBoost de 252 cavalos e 37,7 kgfm de torque, associado à transmissão automática de 8 marchas. AXLT traz de fábrica rodas de liga leve de 17 polegadas, multimídia com tela de 8 polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay, sete airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, suspensão traseira por eixo de torção, ar-condicionado, direção e trio elétricos, faróis, luzes de circulação diurna e lanternas em leds, alarme, controle de cruzeiro, alerta de colisão com frenagem automática, detector de pedestre, freio de estacionamento eletrônico e câmera de ré. A Lariat acrescenta a tração AWD com suspensão multilink, os bancos em couro, o teto solar elétrico, o painel principal com tela de 6,5 polegadas, o multimídia de 10 polegadas, um compartimento abaixo do banco traseiro e o Start&Stop. O mercado brasileiro deve ter as mesmas versões com preços acrescidos das salgadas tributações locais.
Robôs em ação
A Synkar, startup brasileira que desenvolve robôs autônomos para várias finalidades, por meio de inteligência artificial e “machine learning”, iniciará a exportação de veículos autônomos em 2022. Com fábricas no Brasil e na China, a empresa prevê a produção inicial de duzentas unidades por ano, já vendidas para empresas da Irlanda, do Canadá, de Portugal, da Malásia e do Brasil. “O próximo ano será dedicado para ajustes de processos, por isso, não atenderemos à demanda. Estamos com fila de espera para até 2023, quando pretendemos elevar a produção para mil unidades por ano”, explica Matheus Theodoro, co-fundador e CEO da Synkar. Os veículos da Synkar são modais que atendem a uma grande variedade de aplicações, entre elas o transporte de mercadorias. “A aplicação dos nossos robôs não está apenas na otimização e melhoria dos serviços que para os quais já são destinados. Está também no leque de possibilidades de serviços que ainda nem existem, mas que serão oferecidos a partir deles”, completa Theodoro.
Ninho de motores
Afábrica de motores da Volkswagen em São Carlos (SP) completou vinte e cinco anos. A unidade passou por várias etapas de ampliação, tendo sua área construída de 87 mil metros quadrados, um aumento de mais de 200% desde o início das atividades. Sua área produtiva inclui linhas de usinagem de blocos, cabeçotes, virabrequim e montagem de cabeçotes e motores.No local, são feitos os motores EA111 e EA211, que equipam o Taos, o Nivus, o T‑Cross, o Virtus, o Polo, o Tiguan e o Gol. Mais de 450 mil propulsores foram exportados para o México para abastecer o mercado norte-americano. Em 2021, a fábrica alcançou a marca de 2 milhões de motores TSI da família EA211. Lançada em 2015, a motorização foi a pioneira do segmento no Brasil, trazendo o primeiro motor de um litro com turbo, injeção direta e bicombustível.
Laboratório em alta rotação
APeugeot Sport completou quarenta anos de vida. Surgida em outubro de 1981 com o nome original de Peugeot Talbot Sport, a marca entra em sua quinta década com a ambição de somar mais capítulos vitoriosos principalmente nos ralis, contribuindo com o desenvolvimentos de carros de passeio. “O esporte é um laboratório tecnológico grandioso para a indústria automotiva. Constitui um formidável acelerador de pesquisas e de progressos. No caso de nossa marca, o esporte é indispensável para o desenvolvimento de nossos carros e de nossos planos para a mobilidade de amanhã. Os quarenta anos da Peugeot Sport são um sucesso, um orgulho e principalmente uma base, um alicerce para nossas conquistas presentes e futuras”,afirmou Linda Jackson, diretora-geral da Peugeot.Criada pelo francês Jean Todt, atual presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e comandante da revolução feita na Ferrari que deu cinco títulos na Fórmula-1 para o alemão Michael Schumacher nos anos 2000, a Peugeot Sport preparou carros icônicos, como o 205 T16, o 405 T16, o 206 WRC, o 306 Maxi, o 905, o 208 T16 Pikes Peak e o 2008 DKR. Atualmente, a eletrificação se faz presente com o Programa Hypercar, com o 9X8 do FIA WEC e das 24 Horas de Le Mans.
Olhos nos óleos
Por conta da pandemia por Convid-19 e, por consequência, do isolamento social e da realidade do “home office”, registrou-se o uso menos frequente de transportes individual e público no Brasil. Mas a cadeia automotiva não parou de lançar novos produtos e novas motorizações. Também a indústria de lubrificantes, aditivos e fluidos continuou a desenvolver e lançar novas tecnologias. É nesse cenário que ocorre a décima quarta edição do Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos, em dois dias de evento online, em 27 e 28 deste mês, organizada e promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (ABE). O evento é gratuito e o tema central será “A Indústria de Lubrificantes Pós-Pandemia”, com a proposta é analisar a evolução do setor durante os vinte meses desde o início do isolamento, além de antecipar as novas tendências. Mais informações sobre como se inscrever no evento estão disponíveis emhttps://lubrificantes2021.4.events.