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Semana de 2 de março

03 de abril de 2019 - por Daniel Dias por Agência AutoMotrix
Da nova versão do Fiat Argo, passando pelo fabuloso sedã IMs da Nissan no Salão de Xangai, pelo Mini elétrico e por outras novidades da indústria automotiva mundial até chegar à discussão do acordo comercial com o México.
Hatch aventureiro

Sucesso de mercado desde sua apresentação, em 2017, o Fiat Argo, substituto do Punto e do Palio, ganhará neste ano uma versão aventureira, a Trekking, que completará a família do hatch compacto. Segundo a FCA, a nova configuração do Argo será bem mais “estilosa” e robusta em relação aos seus irmãos, pronta para encarar terrenos difíceis. Pelo menos, no papel. No início deste ano, o Argo se colocou entre os cinco modelos mais vendidos do país, superando também a marca de cem mil unidades emplacadas. Em 2018, o hatch deu origem a uma versão sedã, o Cronos.
Conceito de futuro

A Nissan mostrará dois carros-conceito eletrificados no Salão do Automóvel de Xangai, de 18 a 25 de abril. O destaque é para o IMs, apresentado pela primeira vez no Salão de Detroit, em janeiro deste ano. O carro impressiona pelo design, definindo um novo segmento na indústria automotiva: um sedã esportivo com cintura elevada e pouca área envidraçada nas laterais, como a tendência trazida pelo SUV do futuro IMQ Concept, revelado pela própria Nissan no Salão de Genebra, em março. O IMQ Concept também estará em Xangai. O design do IMs se beneficia do motor 100% elétrico, com a bateria localizada embaixo da carroceria. Combinado a uma maior distância de entre-eixos, o resultado é uma cabine elevada e espaçosa, que permite uma configuração inovadora na acomodação dos passageiros. No modo autônomo, o IMs dá oportunidade para uma condução com as mãos do motorista fora do volante. No modo “normal”, o modelo entrega uma empolgante experiência de alta performance.
Primeiro “verde

Na última segunda-feira, o casal Fabio e Angela Fillipini foi à concessionária Globo Renault, em Curitiba, para tomar posse de seu primeiro veículo 100% elétrico, um Zoe. Desde o início da comercialização para o cliente final, durante o Salão Internacional de São Paulo do ano passado, essa foi a vigésima unidade do elétrico entregue no Brasil. Com preço sugerido de R$ 149.990, o Zoe é vendido pelo siteeletricos.renault.com.br e em duas concessionárias no país, a Sinal, em São Paulo, e a Globo. As duas revendas contam com unidades do veículo 100% elétrico para test-drive. “Estamos muito felizes com o interesse dos clientes brasileiros em veículos zero emissão. A Renault faz parte dessa transformação, seja comercializando o veículo para nossos clientes ou desenvolvendo projetos voltados para a mobilidade elétrica”, comemora Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.

Kart” elétrico

Ícone de esportividade e prazer ao volante, pioneira em novas tecnologias e há seis décadas conquistando uma legião de fãs com a sensação do “go-kart feeling” (em livre tradução, “sensação de pilotar um kart”), a Mini vem provando que é possível unir tais características à condução eletrificada e livre de emissões. Em 2008, o Mini E foi o primeiro carro 100% elétrico do BMW Group a ser utilizado nas condições diárias de trânsito. Na época, mais de seiscentas unidades do modelo participaram de um longo teste de rodagem, cujas descobertas ajudaram a desenvolver o BMW i3. Em 2017, a marca britânica apresentou o Mini Electric Concept, ou Mini E, nos salões de Frankfurt e de Los Angeles. O veículo terá início da produção em série neste ano, passando a ser o primeiro veículo totalmente “verde” da história da Mini. No futuro, todos os produtos eletrificados da marca serão agrupados sob o slogan “Mini Electric”.

Saída de cena

A Ford anunciou que encerrará no final do primeiro semestre deste ano a produção do C-Max e do Grand C-Max. A fabricante norte-americana não pretende substituir os dois modelos. Em 2018, a Ford comunicou que não mais fabricaria carros nos Estados Unidos, apostando em SUVs e picapes de grande porte. Existe a possibilidade inclusive de o nome Fusion passar a estampar um utilitário esportivo em futuro próximo. A fabricante não deixará de investir na fábrica de Saarlouis (Alemanha), na qual o C-Max e o Grand C-Max são feitos, pois a unidade industrial também monta as variantes hatchback, station wagon e Active do novo Focus no local. No Brasil, a Ford resolveu em fevereiro encerrar a produção na unidade de São Bernardo do Campo (SP). No entanto, para a felicidade da maioria dos 4,5 mil empregados, o Grupo Caoa decidiu comprar a unidade industrial paulista, para continuar montando os caminhões licenciados pela Ford.
Impasse mexicano

As fabricantes de automóveis com produção nacional formalizarão ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um pedido para que o acordo de livre comércio de veículos com o México seja revertido e volte a ser adotado o sistema de cotas com isenção de impostos. Pelo acordo atual, os dois países passaram a ter livre comércio com a exigência de que os carros produzidos no México e exportados para o Brasil tivessem 40% de peças feitas localmente, o mesmo acontecendo em relação aos feitos no mercado brasileiro e enviados para o país da América do Norte. Anteriormente, o comércio tinha um sistema de cotas com uma exigência do conteúdo local menor, de até 35%. Em 2018, nenhum dos dois países atingiu as cotas estabelecidas no comércio bilateral. De acordo com a Anfavea – entidade que representa as fabricantes “nacionais” –, as empresas brasileiras exportaram cerca de US$ 500 milhões (quase R$ 2 bilhões) para o mercado mexicano, que vendeu aproximadamente US$ 1,2 bilhão (próximo de 4,6 bilhões) ao Brasil.

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