04 de agosto de 2021 - por Daniel Dias / AutoMotriz
Qual carro da Mercedes entra via Uruguai, a chegada do novo Chevrolet Bolt EV em setembro, outras novidades da indústria automotiva mundial e as paralisações nas montadoras por falta de semicondutores.
Novidade ao lado
Distribuidora exclusiva da Mercedes-Benz no Uruguai, a Autolider acaba de apresentar o novo Classe C, com agama EQ de motores Mild-Hybrid, incorporando um gerador de arranque integrado e um sistema de bateria de alta eficiência. O país vizinho é o primeiro a oferecer o modelo da marca da estrela de três pontas na América Latina. “Tecnologia, conforto e eficiência. Essas são as principais características desta geração, que veio ao mercado uruguaio para renovar um modelo emblemático da Mercedes-Benz”, comemorou Martín Pérez, gerente Comercial de Veículos de Passageiros da Autolider. Dois modelos já estão disponíveis no Uruguai: o C 180 Avantgarde com motor turbo Mild-Hybrid de quatro cilindros com 170 cavalos e mais um elétrico de 20 cavalos, com transmissão automática de 9 marchas e preço de US$ 59.990 (quase R$ 313 mil), e o C 300 AMG Line com 258 cavalos mais 20 cavalos do elétrico, com a mesma transmissão e preço de US$ 79.990 (mais de R$ 415 mil). Ainda não há data definida para o desembarque do novo Classe C no Brasil, mas algumas concessionárias apostam no mês de outubro. (colaborou o site uruguaio “Airbag”).
Quando entrar setembro
A Chevrolet está preparando o lançamento de quatro veículos no Brasil até o final deste ano. O primeiro será o novo Bolt EV, previsto para chegar às concessionárias em setembro. Para isso, a marca norte-americana está aumentando para setenta e nove o número de pontos de vendas habilitados para comercializar e dar assistência a carros elétricos. Com mais de 100 mil unidades vendidas no mundo e tendo assumido a liderança na sua categoria desde que chegou ao Brasil, há cerca de dois anos, o Bolt EV passará por uma renovação significativa, tanto em tecnologia quanto em design e sofisticação. “O novo Bolt EV simboliza a vitrine tecnológica global da Chevrolet. O modelo será lançado aqui no Brasil quase que simultaneamente ao início das vendas nos Estados Unidos, iniciadas oficialmente na virada deste semestre”, destacou Marina Willisch, vice-presidente de Relações Governamentais e Comunicação da General Motors América do Sul.
Cross especial
Com mais de 15 mil unidades vendidas no mercado brasileiro desde o lançamento, em março deste ano, a Toyota celebra o sucesso de seu mais novo SUV com uma edição limitada da versão Special Edition do Corolla Cross. O modelo já pode ser encontrado nas concessionárias com preço sugerido de R$ 192.690 (base Brasília). O SUV é equipado com um motor 1.8L VVT-i 16V de ciclo Atkinson flex, com 101 cavalos de potência quando abastecido com etanol e 98 cavalos a gasolina, ambos a 5.200 rpm, e 14,5 kgfm de torque a 3.600 rpm. O conjunto conta ainda com dois motores elétricos (MG1 e MG2) de 72 cavalos e 16,6 kgfm de torque. Em termos de equipamentos, a versão tem computador de bordo com tela TFT de 4,2 polegadas de alta resolução, sistema de áudio central multimídia Toyota Play com tela sensível ao toque de 8 polegadas, com Bluetooth e conexão para smartphones e tablets compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay.
Partida para o futuro
Atualmente,milhões de automóveis produzidos no mundo na configuração monobloco e com tração dianteira tiveram suas origens no Traction Avant, um dos Citroën mais icônicos e desejados por entusiastas e colecionadores em todo o planeta. Apresentado em abril e lançado em maio de 1934, o modelo antecipou esse padrão motriz em larga escala de produção. Desenvolvido por André Lefèbvre e Maurice Sainturat em apenas dezoito meses, o Traction Avant resumiu as aspirações de uma elite de projetistas como nenhum outro automóvel de sua era, com sofisticação, elegância e sendo fonte de inspiração para vários modelos não apenas da marca francesa como também de concorrentes. Equipada com um motor de 1.303 cm3e 32 cavalos de potência, a versão 7A é uma das mais raras, com 7 mil unidades fabricadas até o final de 1934. Depois, vieram o 7B (1.628 cm3e 38 cavalos) e o 7 Sport (1.910 cm3e 48 cavalos). Na época, o carro tinha configurações sedã, conversível e conversível de dois lugares. O Traction Avant chegou a ser importado pelo Brasil.
Pequeno e brigão
A Chery lançou no mercado chinês o novo EQ1. A nova versão do mini veículo 100% elétrico, apresentado ao mercado pela primeira vez em 2017, traz novidades em relação à inteligência, segurança, eficiência e resistência, com o objetivo de seguir ocupando a liderança dentro de sua faixa de preço no país asiático. Em quatro anos de mercado, o EQ1 ultrapassou o volume de 200 mil unidades comercializadas. Segundo a marca chinesa, o “carrinho”– menor em comparação ao Renault Kwid e ao Fiat Mobi – tem 41 cavalos de potência e 12,2 kgfm de torque, com aceleração de zero a 100 km/h em seis segundos e uma autonomia de 400 quilômetros. OEQ1 passa a ter sistema automático de estacionamento com acionamento por botão, ligação remota do ar-condicionado e agendamento de carregamento. A nova versão conta ainda com tela LCD de alta definição de 10 polegadas com sistema de comando de voz com inteligência artificial, carregador de celular wireless e sistema Baidu Car-Life e Wi-Fi 4G.
Efeitos colaterais
Também afetada pela crise de abastecimento de semicondutores, a Renaultsuspenderá a produção parcialmente, dando férias coletivas aos empregados de São José dos Pinhais, no Paraná, de 2 a 11 de agosto para a linha de carros e de 2 a 6 de agosto para a de comerciais leves. O Complexo Ayrton Senna produz toda a gama da marca francesa vendida no Brasil, com o Kwid, o Sandero, o Logan, o Duster, a Oroch, o Captur e o furgão Master. As consequências da paralisação virão no desempenho da fabricante no mês de agosto. O desabastecimento de semicondutores se reflete também na Volkswagen em suas unidades nos Estados de São Paulo e do Paraná e, em escala ainda maior, na General Motors nas fábricas de Gravataí (RS) e de São Caetano do Sul (SP), que só retomará a produção no fim deste mês. Na unidade de Gravataí, que faz o Onix, líder de vendas no país nos últimos seis anos até ser “destronado” em 2021, e o Onix Plus (sedã), a crise vem desde março, sem previsão de retomada de trabalho.