1 de dezembro de 2021 - por Daniel Dias / AutoMotriz
O que a chinesa BYD traz de elétrico para o Brasil, a nova expansão tecnológica da General Motors no país, o sucesso do Jeep Renegade no mercado nacional, outras novidades do mundo automotivo e o que é mito e verdade na troca de óleo.
Chinês para as elites
A BYD Brasil lança no país um dos veículos elétricos mais vendidos do mundo: o Tan EV. Embora a marca chinesa não tenha divulgado o preço, o Tan EV está estimado em torno de R$ 500 mil, com chegada para março de 2022. Será o primeiro SUV com sete lugares 100% elétrico do mercado brasileiro. Atualmente, o Tan EV é comercializado na China e acaba de ser lançado na Noruega, com previsão de 1,5 mil unidades até o final deste ano. O SUV elétrico da BYD incorpora tração nas quatro rodas e é equipado com dois motores elétricos, um em cada eixo (245 cavalos no frontal e 272 cavalos no traseiro), com potência combinada de 517 cavalos e torque máximo de 68,5 kgfm. Segundo a BYD, o carro acelera de zero a 100 km/h em 4,6 segundos e pode chegar a 180 km/h. Equipado com uma bateria de 86,4 kWh, o Tan EV tem autonomia de 437 quilômetros.A primeira concessionária da marca chinesa no Brasil será aberta pela Eurobike, na cidade de São Paulo. “Há 20 anos no segmento premium, somos reconhecidos pela experiência em oferecer produtos de alta tecnologia, modernidade e esportividade. E o Tan EV é mais um exemplo disso”, orgulha-se Henry Visconde, presidente do Grupo Eurobike.
Expansão tecnológica
A General Motors está ampliando sua estrutura de engenharia na América do Sul. A empresa norte-americana reforçará as áreas de pesquisa e desenvolvimento do Centro Tecnológico, localizado em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. A expansão da engenharia de produtos faz parte do já anunciado plano de investimentos da companhia no Brasil até meados desta década. Aproximadamente, 250 engenheiros de várias especialidades serão contratados em áreas como carroceria e estrutura, exterior, interior, chassi, motor, transmissão, eletrônica, controladores, software e simulação virtual. “A engenharia da GM América do Sul tem experiência em projetar veículos de sucesso para diferentes segmentos e mercados. A expansão das áreas de pesquisa e desenvolvimento visa focar em novos produtos e tecnologias voltados tanto aos nossos clientes locais quanto a outras regiões”, explica Ricardo Fanucchi, diretor-geral de Engenharia de Produto da GM América do Sul. Recentemente, a General Motors anunciou que está preparando a fábrica de São Caetano do Sul para produzir a nova Chevrolet Montana. Segundo a fabricante, o modelo estreará um conceito inédito de picape.
O rei de Goiana
O primeiro modelo da Jeep a ser produzido no Polo Automotivo Stellantis em Goiana (PE), inaugurado em 2015, acaba de alcançar a marca de 450 mil unidades fabricadas. O Renegade é o mais vendido do segmento de SUVs no Brasil, com mais de 67 mil unidades emplacadas até outubro deste ano, ocupando a quarta posição entre os veículos mais comercializados no país. É exportado ainda para 12 países da América Latina, como Argentina, Uruguai e Chile. “O Renegade é uma referência muito importante da marca no país desde que o modelo começou a ser produzido aqui. Ligado à herança do autêntico Willys, tem um design icônico e único. É um sucesso de vendas desde seu lançamento e vem se consolidando como símbolo no seu segmento e na liderança entre os SUVs”, ressalta Alexandre Aquino, diretor do Brand Jeep para a América Latina.No Brasil, o modelo conta com as versões STD AT 1.8 Flex, Sport AT 1.8 Flex; Longitude AT 1.8 Flex, Limited AT 1.8 Flex, Moab AT 2.0 Diesel 4x4, Longitude AT 2.0 Diesel 4x4 e Trailhawk AT 2.0 Diesel 4x4.
Será que vem?
A nova série especial do Porsche Panamera, a Platinum Edition, foi lançada no Salão de Los Angeles.A chegada à Europa das primeiras unidades está marcada para o final de janeiro, iniciando com preço de 141.917 euros (equivalente a pouco mais de R$ 900 mil). A versão especial mantém a motorização doPanamera 4, equipado com um 2.9 biturbo V6 com 330 cavalos de potência e 45,2 kgfm de torque.Quanto ao equipamento de série,a Platinum Editioninclui itens como suspensão pneumática adaptativa Porsche Active Suspension Management, retrovisores externos eletrocromáticos, faróis do tipo LED-Matrix com Porsche Dynamic Light System Plus, sistema Park Assist com câmara de estacionamento traseira, rodas de 21 polegadas, direção com assistência elétrica Plus e assistente de mudança de faixa. No interior, se destacam o teto panorâmico, o volante esportivo GT, as portas com fechamento assistido e acesso Comfort, os bancos dianteiros Comfort com regulagem elétrica de 14 posições e memória, os bancos traseiros aquecidos, o sistema de som Bose e o emblema da Porsche nos encostos de cabeça.
Número com valor
O inglêsJohn Cooper, morto em 2000 com 77 anos de idade, foi um ícone entre os projetistas automotivos do século passado. Ele foi também o inspirador do tradicional espírito esportivo da marca Mini. Há 60 anos, Cooper lançou as bases da primeira vitória do Mini clássico em uma competição de pista. O design exclusivo e os recursos de equipamento tornam a Anniversary Edition um sonho de consumo para os fãs da Mini em todo o mundo. A produção é limitada a 740 unidades. O “74” pintado na lateral é uma referência ao clássico Mini Cooper, que usou esse mesmo número em sua primeira vitória em uma pista. Debaixo do capô, a edição limitada usa motor 2.0 de quatro cilindros com tecnologia TwinPower Turbo, com potência de 231 cavalos e torque de 32,5 kgfm, associado à transmissão Steptronic Sport de 8 velocidades. O “bichinho” acelera de zero a 100 km/h em 6,1 segundos. No Brasil, a Mini Anniversary Edition tem volume limitado de 15 unidades, importadas diretamente de Oxford, na Inglaterra, com preço de R$ 299.990.
Elas entram na linha
Com o início do terceiro turno na fábrica de Sorocaba da Toyota, foram criadas vagas para a unidade paulista operar vinte e quatro horas por dia, sendo que 37% das contratações são de mulheres. A fábrica produz o Corolla Cross, o Yaris (hatch e sedã) e o Etios (só para exportação). Para que fosse possível promover cada vez mais a equidade de gênero, algumas mudanças já haviam sido implementadas, quando o programa foi lançado, em 2020, como a adaptação dos uniformes na operação para mulheres e condições de trabalho para permitir a permanência feminina na empresa, com a possibilidade de extensão da licença-maternidade, atenção no retorno das mães e flexibilidade de horário. Com o terceiro turno, a produção anual de Sorocaba saltará das atuais 122 mil unidades para 158 mil, um incremento de 30% no volume.
De olho no óleo
Cuidados com a lubrificação podem prevenir uma série de problemas para quem vive na estrada. Partindo de danos mais simples, como a redução de desempenho e aumento do consumo de combustível, até a possibilidade de fundir o motor, todos podem ter relação direta com o uso do óleo lubrificante. Por isso, a marca Mobil Delvac, referência em produtos de alta performance e tecnologia, elenca um “mito” e “verdades” sobre o tema:
-Com o tempo, o óleo afina e diminui o rendimento do motor? Mito -Quando em serviço, a tendência do óleo lubrificante é de engrossar, pois ele está o tempo todo passando por um processo e oxidação. Com isso, a tendência é ele engrossar e não afinar. Caso o lubrificante afinar, pode estar havendo uma possível contaminação.
-Antes de rodar, é necessário aquecer o motor para o óleo subir? Verdade – Arrancando com ele frio, o óleo não terá tempo de subir, havendo trepidação, e isso pode prejudicar o motor.
-É possível se ir além da quilometragem de troca para chegar em uma oficina de confiança? Verdade -Mas isso dependerá da categoria do óleo e das condições do trecho de estrada. Se o óleo for bom, recomendado pela fabricante, é possível de se rodar até chegar à oficina de confiança. No entanto, o ideal é se fazer a troca do óleo antes do início da viagem.