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Um teste real com carro autônomo

20 de setembro de 2016 - por Daniel Dias e Gabriel Dias
Tecnologia do futuro e de filmes de ficção foi verificada por jornalistas especializados na sede da fabricante norte-americana, utilizando a frota de Fusion com os dispositivos especiais em trajeto específico.
A Ford promoveu nos EUA um evento com a imprensa especializada com a frota de Fusion autônomos equipada com sensores LiDAR para mapear o ambiente. Foi uma demonstração, não um test-drive, pois nenhum dirigiu os veículos.
Os jornalistas viajaram no banco de trás, acompanhados por dois engenheiros que monitoraram o percurso de algumas voltas dentro da sede da empresa, em velocidades de até 50 km/h. A tecnologia existe hoje apenas em filmes futuristas de ficção.
O engenheiro sentado no banco do motorista não colocou as mãos no volante em nenhum momento, enquanto seu companheiro do lado do passageiro, com um laptop, coletava dados e imagens do roteiro.
A primeira impressão do carro autônomo, segundo participantes, foi como andar com um aprendiz de direção: lento e cauteloso. Dentro de dois anos, a Ford pretende ampliar essa experiência, colocando vans autônomas em circulação dentro da sua sede para transporte dos empregados.

Radar, sensores e câmeras
Os mapas são uma parte essencial para o funcionamento dos carros autônomos. A Ford utiliza um mapa básico com sinais e marcações da pista, ao qual se sobrepõe um segundo mapa detectando alterações em tempo real. Foi projetado para funcionar como o olho e o cérebro humanos, com uma combinação de sensores.
O sistema da Ford baseia-se em três tipos principais de sensores – LiDAR, radares e câmeras – para reunir informações sobre o ambiente. O radar usa radiofrequência, enquanto o LiDAR emite feixes de laser para projetar uma visão de 360 ​​graus em torno do carro. As câmeras funcionam como o olho humano e são consideradas mais passivas, para captar o que existe no local.

Investimento
A Ford começou a desenvolver a tecnologia de carros autônomos em 2005 e tem intensificado os investimentos para ser líder na área. Um exemplo é o recente investimento anunciado na Velodyne, que produz os sensores LiDAR e está desenvolvendo uma versão menor e mais potente do equipamento, capaz de "ver" 200 metros à frente. O objetivo é também baratear o custo dos sensores com a produção em massa, usando a experiência da Ford nessa área.
Segundo Mark Fields, presidente mundial da Ford, a intenção da empresa é tornar os veículos autônomos acessíveis para milhões de pessoas e não apenas para quem comprar carros de luxo:
- Entendemos que os veículos autônomos terão um impacto tão significativo na sociedade quanto a linha de montagem da Ford teve, mais de cem anos atrás (concebida pelo fundador Henry Ford). Quando paramos para analisar como podemos fazer uma grande diferença na vida das pessoas no próximo século, vemos os veículos autônomos mudando a maneira como o mundo se moverá, mais uma vez.

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