16 de janeiro de 2018 - por Gabriel Dias e Daniel Dias
Com estilo e design praticamente inalterados na linha 2018, sedã médio da Chevrolet confirma as qualidades de um grande carro, principalmente na dirigibilidade, na potência, na segurança e no conforto, com uma bela vida a bordo.
Dias ao Volante testou a linha 2018 do Chevrolet Cruze sedã LTZ equipado com o motor 1.4 Ecotec turbo de 150 cavalos (gasolina) e 153 cavalos (etanol), associado à transmissão automática de seis velocidades com opcional de trocas sequenciais na alavanca de câmbio. O conjunto motriz permite ao veículo atingir a velocidade de 214 km/h.
A novidade na versão está na construção do motor turbo bicombustível, agora produzido no complexo de Rosário, na Argentina, onde o Cruze é montado. Apesar da mudança do local de fabricação do propulsor, o vigor é o mesmo, passando muito prazer ao motorista, que sente quando o turbo entra em ação, com acelerações e retomadas encorpadas e um conforto adicional: o baixo nível de ruído do motor dentro da cabine.
A relação peso/potência permanece a mesma da linha 2017, com ótimo desempenho para seus 1,32 mil quilos, acelerando de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos e reduzindo de 100 km/h à parada total em 2,8 segundos. No consumo, os números coletados apresentaram uma leve melhora, com 12,1 km/l (anteriormente, 11,9 km/l) na cidade e 15,2 km/l (14,6 km/l de antes) na estrada. Foi refeito também o teste de percorrer um trecho na estrada a uma velocidade constante de 100 km/h, subindo a média de 19 km/l para 21 km/l.
A dirigibilidade, que na linha anterior já havia demonstrado excelente equilíbrio e segurança, confirmou ser a principal qualidade do Cruze sedã. A cada novo dia de teste, o motorista fica conhecendo mais pontos positivos do carro, passando confiança nos recursos que o Cruze oferece.
Entre os modelos produzidos no Brasil ou no Mercosul – com os acordos entre os países, o carro fabricado nas terras vizinhas recebe o carimbo de nacional – desta faixa de recursos tecnológicos e de preços, o Cruze sedã lidera nos quesitos de condução, segurança, estabilidade e conforto.
Neste segmento de veículos, as qualidades descritas acima não são ganhos oferecidos pelas fabricantes, são exigências. Nisto, o Cruze aparece bem na foto inclusive em comparação a sedãs europeus importados, cartão de visitas dos veículos produzidos no Velho Continente, especialmente na Alemanha.
Por outro lado, a linha 2018 do sedã médio da Chevrolet teve apenas uma alteração no estilo: a inclusão de repetidores de seta nos retrovisores externos. Não que o design não seja espetacular, pois o veículo continua a chamar muita atenção por onde passa, mas a nova linha poderia oferecer pelo menos o teto solar, ou até mesmo faróis de xenônio, por exemplo.
A montadora norte-americana concentrou mais mudanças na versão LT, a de entrada, que agora saí de fábrica equipada com controles de estabilidade e de tração, sistema OnStar, assistente de partida em rampa, sensor de estacionamento traseiro, computador de bordo, rodas de liga leve de 17 polegadas e start/stop – desliga e volta a acionar o motor em paradas de trânsito.
Preços da linha 2018:
- LT parte de R$ 95,89 mil (opcional de cores a R$ 1,5 mil)
- LTZ parte de R$ 109,19 mil (disponível pacote que pode chegar a R$ 10 mil)
Confira a avaliação do Cruze sedã linha 2017 feita por Dias ao Volante, com mais detalhes sobre o interior do veículo, inalterado na configuração atual.
FICHA TÉCNICA
Motor: dianteiro, 16 válvulas, 1.4 turbo Ecotec
Potência: 150 cavalos (gasolina) e 153 (etanol)
Transmissão: automática de seis marchas, com opcional sequencial
Direção: elétrica progressiva
Suspensão: dianteira tipo McPherson com barra estabilizadora ligada a hastes tensoras e molas helicoidais com carga lateral, roda independente e traseira com eixo de torção, roda semi-independente e molas helicoidal – constante elástica linear.
Freios: quatro discos, sendo ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS (Anti-block Braking System), EBD (Electronic Brake Distribution), PBA (frenagem de urgência) e os controles TCS e ESC (tração e estabilidade, respectivamente).