Verstappen vence em Interlagos e encaminha o título - Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Verstappen vence em Interlagos e encaminha o título

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Publicado por em F-1 ·




Desta vez, Max Verstappen, da Red Bull, foi perfeito: não se envolveu em nenhuma confusão, teve sorte, venceu o GP do Brasil e praticamente assegurou o título da temporada. Agora com 63 pontos de vantagem sobre Lando Norris, da McLaren, com três provas restando para o final do campeonato e mais uma Sprint, Verstappen pode garantir matematicamente o título já na próxima etapa, daqui a duas semanas, em Las Vegas, se ganhar a corrida e Norris for apenas o sétimo. Isso, na matemática, porque com o resultado catastrófico para Norris em Interlagos, Verstappen só perde este campeonato se o santo do piloto da McLaren for o mais poderoso da história da humanidade.
Deixando de lado todas as patifarias protagonizadas por Verstappen desde 2021 – por enquanto, porque eu jamais esquecerei delas –, o holandês mereceu o triunfo no Brasil. Com uma punição de cinco posições no grid de largada por ter trocado o motor a combustão em sua Red Bull, Verstappen teve de largar em décimo sétimo no grid. No complemento da primeira volta, porém, ele já estava em décimo primeiro. Com a pista sempre molhada, Verstappen foi escalando o pelotão até contar com a sorte de uma bandeira vermelha, que interrompeu a prova com George Russell, da Mercedes, e Norris – os primeiros colocados até aquele momento – já tendo trocado os pneus. Ou seja, com a corrida interrompida, Verstappen se viu na segunda posição, atrás apenas de Esteban Ocon, da Alpine. Para a relargada, portanto, Verstappen não precisou fazer um pit stop, pois o regulamento permite que os pneus possam ser trocados com a bandeira vermelha. Sorte de campeão! Na volta da prova, Vestappen ultrapassou Ocon sem a menor dificuldade e sumiu na liderança, fazendo volta mais rápida atrás de volta mais rápida.
E o capítulo final do caótico GP do Brasil – devido ao dilúvio que caiu sobre São Paulo no sábado e alterou toda a programação da etapa – é todo dedicado para Lando Norris, o até então forte oponente de Verstappen na briga pelo título da temporada. Se o ainda jovem piloto inglês foi brilhante no treino de classificação na manhã chuvosa em Interlagos – e realmente foi –, foi um "cordeirinho" na corrida, desde a largada, ao perder a primeira posição para Russel já no S do Senna. Assistindo à corrida, juro para vocês que pensei naquele momento: "Deu pro Norris!" Enquanto Verstappen brilhava na pista alagada, Norris não conseguia recuperar a primeira colocação. Mas o pior viria após a retirada da bandeira vermelha e o recomeço da prova, na trigésima terceira de 69 voltas. Em tempo: o GP do Brasil foi encurtado em duas voltas (seriam 71) por uma dupla barbeiragem de Lance Stroll, da Aston Martin. O piloto mais garantido do grid – só porque seu pai é o dono da equipe Aston Martin – rodou sozinho na volta de apresentação e, quando tentou retornar para a pista, atolou pateticamente na caixa de brita da Curva do Lago.
Voltando ao Norris. Na relargada, depois da bandeira vermelha, Norris escapou infantilmente no S do Senna, perdendo várias posições. E, pronto, acabou o piloto! Ao mesmo tempo em que Verstappen mostrava toda a vontade de vencer em uma pista encharcada, arriscando nas ultrapassagens, Norris mais parecia que estava ali em um seguro passeio dominical, sem maiores preocupações. Com o melhor carro do grid, Norris não fez uma só ultrapassagem durante todo o GP do Brasil. A única que fez foi lhe oferecida por seu companheiro Oscar Piastri a mando da equipe. Resumo da ópera: Norris não mereceu ganhar este campeonato!

Resultados:
1 Verstappen (HOL), Red Bull, 69 voltas
2 Ocon (FRA), Alpine, a 19:477
3 Gasly (FRA), Alpine, a 22:532

4 Russell (ING), Mercedes, a 23:265
5 Leclerc (MON), Ferrari, a 30:177
6 Norris (ING), McLaren, a 31:372
7 Tsunoda (JAP), RB, a 42:056
8 Piastri (AUS), McLaren, a :44943
9 Lawson (NZL), RB, a 50:452
10 Hamilton (ING), Mercedes, a 50:753

11 Perez (MEX), Red Bull, a 51:531
12 Bearman (ING), Haas, a 57:085
13 Bottas (FIN), Stake-Sauber, a 60:006
14 Alonso (ESP), Aston Martin, a 78:049
15 Zhou (CHI), Stake-Sauer, a 76:469

16 Sainz Jr. (ESP), Ferrari, abandonou por acidente
17 Colapinto (ARG), Williams, abandonou por acidente
18 Hulkenberg (ALE), Haas, foi desclassificado por ter sido empurrado pelos fiscais
19 Stroll (CAN), Aston Martin, não largou, rodou na volta de apresentação
20 Albon (TAI), Williams, não largou

Volta mais rápida: Verstappen

Pilotos
1 Verstappen, Red Bull, 394 pontos
2 Norris, McLaren, 331 pontos
3 Leclerc, Ferrari, 306 pontos
4 Piastri, McLaren, 262 pontos
5 Sainz Jr., Ferrari 244 pontos
6 Russell, Mercedes, 192 pontos
7 Hamilton, Mercedes, 190 pontos
8 Perez, Red Bull, 151 pontos
9 Alonso, Aston Martin, 62 pontos
10 Hulkenberg, Haas, 31 pontos
11 Tsunoda, RB, 28 pontos
12 Stroll, Aston Martin, 24 pontos
13 Ricciardo, RB, 12 pontos
14 Bearman, Ferrari, 7 pontos

Equipes
1 McLaren, 593 pontos
2 Ferrari, 556 pontos
3 Red Bull, 545 pontos
4 Mercedes, 382 pontos
5 Aston Martin, 86 pontos

Próxima etapa: GP de Las Vegas, dia 23 de novembro



3 comentários
Média dos votos: 130.0/5
Francisco Cavalin
2024-11-04 03:54:32
Falando na corrida em si, Interlagos encharcado é onde se separam os meninos dos homens.
Francisco Cavalin
2024-11-04 03:53:20
Eu gostava de corrida na chuva, ou com um pouco de chuva, mas desde que o efeito solo voltou, SPA foi antes desse regulamento, mas entra nesta conta, as corridas na chuva se tornaram chatas e intermináveis. As ultrapassagens que eram facilitadas pelo piso molhado se tornaram quase impossíveis com essas jamantas atuais. Eu preferia a F1 com carros de até 550Kg, mais estreitos e curtos. Corrida Sprint também é um saco, as equipes mal tem tempo de treinar.
Luiz Herrera
2024-11-04 03:51:50
Concordo, mas a decepção maior é com a Equipe, faltou comando.

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