Blog da Fórmula-1 de Daniel Dias - Dias ao Volante

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Manor sai da F-1. Errei!

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A equipe Manor, que já foi Virgin e Marussia, e agora não é mais nada, anunciou nesta sexta-feira que está abandonando a Fórmula-1. Ninguém se interessou em ficar com aquela bomba, nem a Mercedes quis adotá-la – conforme prometera – como sua segunda equipe. Portanto, errei no que eu sempre afirmei aqui: na hora H, os alemães assumiriam a escuderia que estava há horas – ou sempre – mal das pernas.
Pelas negociações todas entre Mercedes e Williams, envolvendo a ida de Valtteri Bottas para a Flecha de Prata e a permanência de Felipe Massa no circo, a escuderia inglesa é que deve trocar figurinhas com os alemães.
A F-1 de 2017, com carros e comando novos, terá 10 equipes no grid e 20 pilotos, fechando-se, assim, a última porta para que o Felipe Nasr permanecesse na categoria. O menino de Brasília deve ser o terceiro piloto da Williams neste ano.



Wolff e Brawn se cruzam de novo!

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Toto Wolff, diretor esportivo da Mercedes e nome mais influente entre os dirigentes de equipe atualmente na Fórmula-1, saudou nesta quinta-feira toda a transformação e o legado protagonizados na categoria máxima do automobilismo por Bernie Ecclestone, que deixou o comando do circo oficialmente na terça desta semana.
Para o austríaco Wolff, o trabalho de Ecclestone na F-1 jamais será esquecido, porque o inglês "foi o principal responsável por tudo o que a F-1 é atualmente". Mas o dirigente reconhece que a categoria precisava ter novos ares, que a transforme em um espetáculo ainda maior e, principalmente, "mais próximo do grande público e da internet e suas redes sociais".
- Não penso que possamos passar as corridas, por exemplo, para as redes sociais. Temos compromissos com as redes de televisão em todo mundo, que sempre estiveram ao nosso lado. No entanto, não dá para dar as costas para a internet e o público – disse Toto. Será que os homens da F-1 estão sabendo da série de lambanças feitas pela Globo por aqui?
Wolff também elogiou o novo comando e a entrada do inglês Ross Brawn como diretor-executivo da nova F-1.
Pois é. Mas não dá para esquecer do livro lançado por Brawn no ano passado – Competição Total, Lições de Estratégias para a Fórmula-1 -, no qual reservou um capítulo especial para suas desavenças com Wolff e Niki Lauda quando os três dividiram o comando da equipe Mercedes, em 2010. No livro, Brawn qualifica Wolff e Lauda como duas pessoas "que não dá para seguir o que eles estão falando, porque estão pensando uma coisa completamente diferente no mesmo momento". Resumindo, no conceito de Brawn, duas pessoas falsas.
Por outro lado, também não acredito que Brawn vá carregar qualquer remorso ou picuinha para sua nova função. Brawn não é disto! Entretanto, o inglês já antecipou que dará mais atenção para as equipes pequenas.



GP do Brasil em pleno janeiro!

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Não se sabe bem o motivo ao certo, mas a FISA – atual FIA – marcava o GP do Brasil nos anos 70 para janeiro. Vejam só, não era matar mesmo os brasileiros por ousarem organizar uma corrida de Fórmula-1? A primeira prova em Interlagos, no grande, de quase oito quilômetros de extensão, foi em 73, com a vitória de Emerson Fittipaldi e sua Lotus preta e dourada.
Há exatos 40 anos, no dia 23 de janeiro de 77, em meio ao martírio de provas programadas para o auge do Verão em um país tropical e banho refrescantes dos torcedores, pelos bombeiros, o GP do Brasil chegou a sua quinta edição. E alguém teve a "feliz" ideia de recapear a pista na Curva 3 um mês antes da prova.
Com Emerson se aventurando em um carro da própria equipe, o famigerado Copersucar, e enterrando de vez suas pretensões na F-1, o público tinha um novo preferido: José Carlos Pace (foto), vencedor da etapa em 75, sua única vitória na carreira. O piloto paulista virou nome do autódromo após um acidente aéreo fatal, ocorrido 54 dias depois do GP do Brasil de 77.
Pace, o Moco, foi a primeira vítima do novo asfalto derretido pelo intenso calor e pela passagem dos carros na Curva 3. O brasileiro escapou da pista sem aderência e foi abalroado por um outro carro no seu retorno, se atrasando na prova.
O que se viu então foi um festival de rodadas, com praticamente um piloto saindo da corrida naquele local a cada volta. No final, jaziam na área de escape da Curva 3 oito bólidos, alguns empilhados sobre os outros, no que ficou conhecido como "O Cemitério de Carros da Curva 3" (outra foto).
Os homens que comandam a F-1 gostam mesmo dos brasileiros...



Brawn confirmado na nova F-1

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O grupo Liberty Media, novo dono da Fórmula-1, oficialmente a partir desta terça-feira com a saída do comando do inglês Bernie Ecclestone, que atuará nos bastidores apenas como presidente honorário – sem opinião, em última análise -, confirmou mesmo o inglês Ross Brawn como novo executivo da principal categoria do automobilismo. O engenheiro octacampeão – sete vezes com Michael Schumacher na Benetton e Ferrari e uma com equipe própria, a Brawn, em 2009, terá papel fundamental no desenvolvimento técnico da nova F-1.
Brawn atuará ao lado dos norte-americanos Chase Carey, presidente da categoria, e Sean Bratches (ex-ESPN), responsável pela parte comercial.
Ao assumir a F-1 nesta terça-feira, Carey disse que o principal motivo para a mudança na categoria máxima do esporte a motor do mundo é porque "a F-1 não teve um crescimento suficiente nos últimos cinco anos. Ela não usou seu potencial completo neste tempo".
Carey salientou que a F-1 precisa ter mudanças esportivas, com novos atrativos nas corridas e nos treinos, participação maior das equipes nas decisões e, principalmente, se aproximar do grande público nos autódromos, pela TV e pela internet e suas redes sociais.
Estou gostando dos primeiros movimentos da F-1 sob nova direção.



Testes de pneus de chuva

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A FIA já decidiu. A pré-temporada terá pista molhada com chuva ou sem chuva. Para testar o comportamento dos novos pneus mais largos que voltam à Fórmula-1 neste ano, o último dia da segunda sessão de testes preparatórios para o novo Mundial, com estreia prevista para o dia 26 de março, na Austrália, será preenchido com pista molhada no circuito de Montmeló, na Espanha. Se não chover naquele dia, a pista será molhada artificialmente por caminhões pipa.
Lembro que em uma brincadeira com amigos no Kartódromo de Tarumã, no começo dos anos 2000, o Jhonny Bonilla, responsável pela pista na época, molhou o asfalto com mangueiras na nossa bateria. Naquele caso, era sadismo do meu velho amigo, querendo ver a gente rodar a todo o instante e não poder andar muito rápido.
No caso da F-1, é uma medida fundamental, pois as equipes e os pilotos precisam saber como se comportam os pneus de chuva. Conforme projeções feitas em computador, os novos pneus intermediários se aproximam mais do comportamento dos slicks, enquanto os utilizados até o ano passado tinham desempenho mais chegado ao dos compostos de chuva intensa.



Ecclestone sai do comando

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Prevista para depois de 2018, a saída de fato de Bernie Ecclestone, 85 anos, do comando da Fórmula-1 se dará nesta terça-feira. O velho dirigente, que assumiu a categoria em 1978 e a transformou em um esporte de construtores de fundo de garagem em o maior espetáculo automotivo do mundo, além de ser um riquíssimo negócio, seguirá nos bastidores com o cargo de presidente honorário. Ele mesmo não sabe exatamente o que isso significará.
O comando passa a ser do norte-americano e bigodudo Chase Carey, do grupo Liberty Media, dos EUA, novo proprietário da F-1. Mas conta-se que Carey chamará o inglês Ross Brawn, heptacampeão ao lado de Michael Schumacher – dois com a Benetton e cinco com a Ferrari – e um oitavo título com sua própria equipe, a Brawn, em 2009, precursora da atual escuderia Mercedes, para ser o novo executivo do Circo. Brawn tem uma ótima penetração em todas as equipes.
Ninguém afasta os méritos de Ecclestone em mais de 40 anos no comando da F-1, mas o dirigente, entre outras coisas, não soube aproximar a categoria do grande público, em uma época que a internet e as redes sociais estão presentes em tudo Outra coisa que a F-1 sente falta é de novas regras esportivas, com corridas e pontuação em nova roupagem.



Acordem Ferrari e Red Bull!

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Espécie de embaixador a serviço da equipe Mercedes, o atual campeão e aposentado da Fórmula-1 Nico Rosberg sempre foi um "rato" de boxes, acompanhando o trabalho das escuderias por quais trabalhava, bem ao contrário do tricampeão Lewis Hamilton, que prefere levar a vida numa boa fora das pistas e pisar pra valer na hora de entrar no carro.
Pois o Nico, mesmo fora do grid deste ano, está acompanhando os trabalhos da tricampeã no novo carro, de Hamilton e do finlandês Valtteri Bottas, o W08, já com as especificações do regulamento técnico de 2017.
- O carro não é uma simples evolução, é revolucionário. Acredito que Lewis e Valtteri terão muita diversão atrás do volante neste ano. O carro é também muito atraente no visual.
No entanto, mesmo entusiasmado com o novo bólido, Nico assegura que não se arrependeu da decisão tomada de se aposentar. E repetiu uma frase do austríaco Niki Lauda quando se despediu da F-1 pela primeira vez, indo trabalhar na sua empresa de aviação Lauda Air:
- A vida é mais que pilotar carros em círculos.



Compra da F-1 é confirmada

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A compra da Fórmula-1 pela Liberty Media foi aprovada nesta semana pelo acionistas da empresa norte-americana, em um total de US$ 8 bilhões. A reunião dos acionistas ocorreu em Englewood, no Colorado (EUA), confirmando a negociação iniciada em setembro do ano passado.
Agora, a Liberty Media esperar que a compra seja finalizada no primeiro trimestre de 2017. O negócio ainda depende da aprovação da Federação Internacional do Automóvel (FIA).
Mesmo os norte-americanos assumindo os direitos da F-1, o inglês Bernie Ecclestone ainda dará as cartas na principal categoria do automobilismo mundial nos próximos anos até passar o bastão em definitivo para a Liberty Media.



Pilotos mais livres para aprontar?

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O Grupo de Estratégia da FIA, reunido nesta semana, resolveu dar mais liberdade para os pilotos da Fórmula-1 nas disputas diretas de pista para beneficiar o espetáculo. Os comissários receberão instruções para só punirem infrações realmente evidentes.
À primeira vista, ótimo! Mas, tratando-se de um expediente meramente subjetivo, quais serão consideradas "infrações realmente evidentes"?
O caso, por exemplo, da foto aí de cima, no México, no qual Max Verstappen saiu da pista na curva 1 e não cedeu a posição – como deveria – para Sebastian Vettel e depois provocou um novo incidente com o alemão e o outro piloto da Red Bull, Daniel Ricciardo. Foram duas infrações realmente evidentes do holandês e do piloto da Ferrari?
Este quesito, o das regras de conduta dos pilotos, transformou as corridas de F-1 em um tanto chatas nos últimos tempos, com o "nada pode". Como disse nesta quinta-feira, quando da passagem do aniversário do Gilles Villeneuve, o piloto canadense é um dos que não poderiam correr na F-1 moderna.
Com esta do Grupo da FIA, não estará sendo alimentado o monstro que vive dentro do Verstappen, que aprontou de tudo no ano passado e só foi ser punido no final da temporada?
Teremos dias agitados!



A lenda Gilles Villeneuve

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Nascido no dia 18 de janeiro de 1950 – ano de estreia do Mundial de Fórmula-1 – na cidade de Saint-Jean-Sur-Richelieu, província de Quebec, onde está localizado o circuito de Montreal, o canadense Gilles Villeneuve completaria nesta quarta-feira 67 anos de idade. No entanto, o pai de Jacques, campeão de 97 pela Williams, morreu com 32 anos no treino de classificação do GP da Bélgica de 82, em Zolder, quando tentava ser ainda mais rápido do que já era naquele momento da sessão. Gilles não percebeu a March do alemão Jochen Mass mais lenta na pista e bateu forte. A Ferrari foi catapultada, o cinto de segurança se soltou – inexplicável e lamentavelmente – e o canadense foi arremessado contra o guard-rail, sem proteção alguma, morrendo na hora. Gilles nunca ganhou o título, mas seria campeão naquele ano.
Gilles Villeneuve conquistou sua primeira vitória na F-1 (de seis) justamente no Canadá, em casa, no ano de 78, em uma prova com muita chuva na ilha artificial de Notre Dame, construída para a Exposição Mundial de 67 e para a Olimpíada de Montreal de 76. O circuito agora tem o seu nome.
Sempre digo que, pelas duras regras de conduta dos pilotos de agora, o Gilles não teria lugar na F-1 moderna, ou teria de mudar seu estilo, louco, apaixonado, genial e completamente irresponsável.
Gilles morreu e se tornou uma estrela eterna da Ferrari e dos italianos. Uma Lenda!



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